30 mars 2008

Pétition à signer d'urgence

Une pétition à signer d'urgence sur le site www.stop-finance.org

(Voir le commentaire de JS dans "Où étiez-vous en mai 68")

29 mars 2008

Balla - O fim da luta

La marchandisation de l'eau

La marchandisation de l'eau s'accélère

(19 mars 2008)


http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/


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La communauté internationale célèbre le 20 mars 2008, sous
l'égide de l'ONU, la 15ème « Journée mondiale de l'eau ».
L'absence d'accès à l'eau affecte 1,1 milliard d'êtres
humains ; l'absence de moyens sanitaires de base touche
2,6 milliards de personnes. Paradoxalement, alors que les
premières étapes de la marchandisation de ce bien commun ont
suscité de fortes mobilisations populaires sur les cinq
continents, le mouvement mondial de libéralisation des
marchés de l'eau, initié dans les années 1980, semble
s'accélérer.

La « libéralisation » des marchés de l'eau s'est au départ
fortement inspirée du « modèle français » : le
partenariat-public-privé (PPP). Un dogme s'affirmait avec
force : la puissance publique est défaillante ; le recours
au secteur privé est indispensable ; la bonne gouvernance
repose sur le trépied de fer -- dérégulation,
décentralisation, privatisation ; les services de l'eau ont
un coût, qui doit être payé intégralement par les usagers.

Dans ce cadre, les signatures de contrats avec des grandes
métropoles du Sud se succèdent à un rythme impressionnant.
Mais les conflits surgissent dès la moitié des années 1990,
quand les opérateurs privés entendent faire payer des
usagers fraîchement raccordés, qui n'ont ni la culture du
paiement d'un bien jusqu'alors largement subsidié par la
puissance publique, ni, le plus souvent, les moyens de
payer. De nombreuses luttes se succèdent sur les cinq
continents. La tenue des premiers grands forums
altermondialistes publicise le thème du refus de la
« marchandisation » de l'eau.


... Lire la suite de cet article inédit de Marc LAIMÉ :
http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/
2008-03-19-La-marchandisation-de-l-eau

ainsi qu'une sélection d'articles de nos archives,
et une collection de cartes.

27 mars 2008

Où étiez-vous en mai 68?



Moi, j'avais 2 ans et j'étais au Portugal, dans un petit village de l'Algarve, là-bas tout au Sud.
Aujourd'hui en France (et depuis longtemps), mes références humaines, culturelles, sociales, voire musicales, sont celles de mai et de ses héritiers; ok.... et du côté portugais, mes références sont le 25 avril 1974 (25 de Abril sempre!)

Alors cette année pour les 40 ans, j'attends avec curiosité (et prêt à m'enthousiasmer aussi) les commémorations... France Inter a déjà commencé à diffuser des sons de l'époque, des réactions, analyses, documents de l'INA, etc...

Sarko, la Droite française, et moults fossoyeurs de l'esprit de mai 68 veulent revisiter (ou réviser?) l'Histoire, gommer, annihiler les références positives à mai. Tout comme au Portugal, les partis politiques de droite ont voulu retirer toute substance aux acquis démocratiques et sociaux de la Révolution des oeillets!

Restons vigilants et battons-nous contre l'oubli et la révolution ultra-libérale!

22 mars 2008

Sagres - Luis Represas (Olhos nos olhos)



Saudades da adolescência, nas férias do verão algarvio, saudades dos Trovante, saudades "de l'insouciance".

Iraque, 5 anos de vergonha



Posté par Bloquista dans YouTube.

Digressão de Jacinta com o disco "Convexo"

A cantora de jazz Jacinta iniciou no passado dia 29 de Fevereiro, no Casino da Póvoa de Varzim, uma digressão nacional intitulada "Convexo" que contará com 20 concertos com o último a realizar-se a 1 de Junho no Teatro da Trindade, em Lisboa.

Jacinta deu os seus primeiros passos artísticos através do estudo da música clássica, em piano.

No entanto, foi no mundo do jazz que a sua energia musical encontrou plena expressão. Em 1997 Jacinta mudou-se para Nova Iorque, para frequentar a Manhattan School of Music, onde foi premiada com bolsa de estudos para realização de Mestrado em Jazz Vocal. Foi, também, nesta metrópole norte-americana que começou a actuar como profissional.
Em 2007, dedica-se a novos projectos dos quais se destaca o espectáculo de homenagem a José Afonso. A excelente reacção do público abriu caminho para a criação de "Convexo".Trata-se de um espectáculo em formato de trio, com Rui Caetano ao piano, Bruno Pedroso na bateria e a voz de Jacinta.

Datas da digressão:

28 Março - Bragança
18 Abril - Barreiro
19 Abril - Loulé
24 Abril - Redondo
25 Abril - Sta. Maria da Feira (Europarque)
26 Abril - Estarreja
30 Abril - Sintra (Olga Cadaval)
2 Maio - Tomar
3 Maio - Castelo Branco
12 Maio - Aveiro (Teatro Aveirense)
15 Maio - Coimbra (Teatro Gil Vicente)
17 Maio - Almodôvar
20 Maio - Braga (Theatro Circo)
23 Maio - Espinho
30 Maio - Vila Nova de Sto. André
31 Maio - Lisboa (Teatro da Trindade)
1 Junho - Lisboa (Teatro da Trindade)


Associação José Afonso
Rua Damão 26 - 28
2900-340 Setúbal
tel (00351) 265. 185 580
fax 265. 185 581
www.aja.pt

Homenagem às Vozes de Abril

José Mário Branco, Luís Cília, Vitorino, Waldemar Bastos e dezenas de outros músicos vão encontrar-se no Coliseu de Lisboa no próximo dia 04, numa gala de "Homenagem às Vozes de Abril", organizada pela Associação 25 de Abril (A25A).

Trata-se de uma espectáculo de cerca de duas horas, que contará também com a actuação das bandas dos três ramos das forças armadas, e será transmitido pela RTP, "em horário nobre", no dia 25 de Abril, disse à agência Lusa um dos organizadores.

Além de Zeca Afonso e de Adriano Correia de Oliveira, dois músicos entretanto falecidos, serão homenageados "todos os que deram o seu contributo artístico e ajudaram a criar condições para que a liberdade fosse conquistada".

"As `Vozes de Abril` são cantores, músicos, poetas, escritores, actores, artistas plásticos, cujas obras expressaram os valores da liberdade e da democracia", afirma a A25A.

Entre os cantores e grupos que já confirmaram a sua participação na iniciativa figuram ainda a Brigada Victor Jara, Carlos Alberto Moniz, Carlos Mendes, Ermelinda Duarte, João Afonso, Fernando Tordo, Paulo Carvalho, Janita, Tino Flores, José Jorge Letria e Manuel Freire.

O cartaz, descrito como "um leque bem representativo das `Vozes de Abril`", inclui também Maria Barroso e Manuel Alegre.

A A25A, fundada em Outubro de 1982, tem 5.700 sócios efectivos, entre os quais a grande maioria dos militares de Abril.

Presidida pelo tenente-coronel Vasco Lourenço, a A25A assume-se como uma instituição "cultural e cívica" empenhada na "consagração e divulgação do espírito do 25 de Abril de 1974" e na "pedagogia e defesa dos valores democráticos"



Associação José Afonso
Rua Damão 26 - 28
2900-340 Setúbal
tel (00351) 265. 185 580
fax 265. 185 581
www.aja.pt

19 mars 2008

Répression au Tibet dans un silence assourdissant

La communauté internationale se tait et regarde ailleurs, alors que la Chine réprime "dans un combat à mort" les résistants tibétains. Les immenses enjeux économiques sont bien plus importants qu'une culture qu'on asfixie depuis plus de 50 ans et plus que des vies humaines.
Le CIO attend le pactole de dollars avec l'organisation des JO diffusés sur toutes les TV de la planète...
Quant aux athlètes qualifiés pour les Jeux, leur carrière est bien plus importante que des gesticulateurs colonisés au bout de la planète par le Big Brother asiatique...

Honte, shame, vergonha, vergüenza!!!

16 mars 2008

Sanglante répression chinoise au Tibet



Une répression policière et militaire, après les plus importantes manifestations de tibétains depuis plus de 20 ans, dans le pays occupé et colonisé par la Chine.

Comment imaginer les JO dans une telle dictature?

Pour les dernières infos sur le Tibet: www.tibet.fr

Eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas

Dia 20 de Abril de 2008 haverá eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas em todos os países estrangeiros onde está radicada a nossa comunidade.

Aqui na minha área em França, foi encerrado o Consulado de Portugal no princípio do ano. A eleição terá lugar no Consulado honorário de Orléans.

O que é o CCP, quais são os seus objectivos, estatutos e poderes, os seus limites, o apoio que pode trazer ás comunidades?
Diz a CNE no seu site: "O Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) é o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas à Emigração e às Comunidades Portuguesas e representativo das organizações não governamentais de portugueses no estrangeiro, enquanto expressão de capacidade criativa e integradora e dado o seu particular relevo na manutenção, aprofundamento e desenvolvimento dos laços com Portugal, bem como dos elementos das Comunidades que, não fazendo parte de qualquer dessas organizações, pretendem participar, directa ou indirectamente, na definição e no acompanhamento daquelas políticas.

Os membros do CCP são eleitos por círculos eleitorais correspondentes a países ou grupos de países, a regulamentar pelo Governo, por mandatos de quatro anos, por sufrágio universal, directo e secreto.

São eleitores do CCP os portugueses inscritos no posto consular português da respectiva área de residência que tenham completado 18 anos de idade até 60 dias antes de cada eleição do Conselho."

Para já há alguma polémica sobre a realidade de órgão consultivo - certas vozes dizem tratar-se de um órgão estatal... Também sobre a utilidade do mesmo, já que a ser simplesmente consultivo, não tem poderes, e é dificilmente escutado pelo Governo português.

Depois pela a sua representatividade e pelo trabalho efectivamente realizado pelos Conselheiros...

Mas para terem uma informação completa, escutem o programa Pluriel na Radio Arc-en-ciel - 96.2 ou em www.comfm.com, sexta-feira 21 de Março de 2008 das 19h00 às 20h30. Convidado: António Dias, jornalista independente, administrador do site www.agorapress.com, candidato a Conselheiro das Comunidades.

Marcha da indignação



Afinal o Povo português não se esqueceu de lutar...

Video postée par Rapariga Vermelha sur YouTube.

Pour consulter son blog, taper http://moinho-vermelho.blogspot.com

12 mars 2008

Journée pour la liberté d'expression sur Internet

L’Unesco retire son patronage à la Journée pour la liberté sur Internet organisée par Reporters sans frontières

Reporters sans frontières a appris, le 11 mars 2008 dans la soirée, que l’Unesco retirait son patronage à la Journée pour la liberté sur Internet organisée ce mercredi 12 mars. Cette décision a été notifiée à Reporters sans frontières par le directeur de la Division de la liberté d’expression, de la démocratie et de la paix de l’organisation onusienne. L’Unesco justifie cette décision en expliquant qu’elle a accordé son patronage au "principe de cette journée" mais qu’elle ne saurait s’associer aux différentes manifestations organisées à cette occasion.

"Nous ne sommes pas dupes. Plusieurs Etats, faisant partie de la liste des quinze ’Ennemis d’Internet’ rendue publique ce jour, sont intervenus directement auprès de la direction générale de l’Unesco. Marcio Barbosa, le directeur général adjoint de cette organisation, a cédé. L’Unesco ne sort pas grandie de cette affaire. Elle fait preuve d’une grande lâcheté à l’heure où les Etats qui ont obtenu qu’elle se déjuge ainsi continuent à emprisonner des dizaines d’internautes. Malheureusement, il semble que nous soyons revenus vingt années en arrière, à l’époque où les régimes autoritaires faisaient la pluie et le beau temps, place Fontenoy à Paris. Que l’Unesco se soit ainsi déculottée témoigne de l’importance de cette journée et de la mobilisation contre les Etats censeurs", a déclaré Reporters sans frontières.

Reporters sans frontières a immédiatement informé le ministère français des Affaires étrangères de cette décision de l’Unesco. En effet, c’est sur proposition de la Commission nationale française auprès de l’Unesco que l’organisation intergouvernementale avait apporté son patronage à cette manifestation. Or cette commission dépend du ministère français des Affaires étrangères. Pour Reporters sans frontières, le gouvernement français ne peut rester silencieux devant une mesure prise sous la pression de régimes autoritaires qui lui infligent ainsi un véritable camouflet.

A l’occasion de cette première Journée de la liberté sur Internet, Reporters sans frontières a publié une liste des "ennemis d’Internet". Elle comprend quinze pays : Arabie saoudite, Bélarus, Birmanie, Chine, Corée du Nord, Cuba, Egypte, Ethiopie, Iran, Ouzbékistan, Syrie, Tunisie, Turkménistan, Viêt-nam et Zimbabwe.

Des cybermanifestations sont organisées dans neuf pays particulièrement répressifs. Les internautes peuvent créer un avatar, choisir le message de leur banderole et prendre part à l’un de ces rassemblements virtuels.

Enfin, une nouvelle version du guide pratique du blogueur et du cyberdissident est disponible sur le site www.rsf.org qui rassemble des conseils et des astuces techniques pour lancer son blog et contourner la censure.

Au moins 62 cyberdissidents sont emprisonnés dans le monde, plus de 2 600 sites Internet, blogs ou forums de discussion ont été fermés ou rendus inaccessibles en 2007.

In www.rsf.org


Mardi 11 mars, ARTE a diffusé Le monde selon Monsanto, un documentaire de Marie-Monique Robin sur la firme américaine qui a commencé par produire l'agent orange
- dont se sont servi au Vietnam les USA pour exterminer des milliers de personnes -
avant de se devenir le plus gros producteur d'OGM de la planète.
Ceux qui n'ont pas vu le documentaire doivent urgemment se le procurer en DVD, pour vérifier le danger que représente pour la planète et ses habitants cette multinationale cynique, menteuse et destructrice, qui dans les faits est quasiment en train de régenter le monde en s'appropriant le pouvoir alimentaire, et qui d'autre part dit vouloir faire le bien...

De nombreuses personnes sont déjà mortes, les agriculteurs vivent dans la peur ou se retrouvent ruinés...

Il y a de quoi avoir peur! Que fait le pouvoir politique, un peu partout? Est-il complice, impuissant, aveugle, actionnaire?...

Seu Jorge - BRASIS



Merci à toi, habitant da ria de Aveiro, pour le lien que tu m'as envoyé vers cette video illustrant un superbe thème do Seu Jorge sur "les 2 Brésils", le riche et le pauvre. C'est un thème universel, malheureusement, quand on voit l'état social de la population planétaire.

2 mars 2008

Réactions d'amis lecteurs


Comment les classes dominantes organisent la pénurie dans une des sociétés les plus riches du monde.

Dans le Monde Diplomatique de janvier, François Ruffin, en évoquant une étude de la Commission européenne, revenait très justement sur la question du partage du PIB entre salaires et profits. Cette étude démontrait que la part des salaires avait baissé de 9% entre 1983 et 2006 au profit… des profits. Sur un PIB de 1800 milliards d’euros cela représente grosso modo 150 milliards d’euros. Soit 12,5 fois le « trou » de la sécu (12 milliards) ou 30 fois le « déficit » des caisses de retraites (5 milliards). Tous les ans c’est 150 milliards d’euros soustraits ainsi à la collectivité par une petite minorité d’actionnaires.

On voit ici toute la rouerie et l’imposture d’un Sarkozy quand il vient nous raconter l’histoire des « caisses vides ». Alors qu’il est au pouvoir depuis des années il fait semblant de découvrir un fait récent. En fait tout le monde « le savait déjà ». On le sait tous depuis des années. On nous l’a assez répété, seriné, chanté le « trou » de la sécu, la faillite des retraites, les déficits de l’Unédic, des milliers, des millions de fois que les journaux et Jean Pierre Pernaut nous le répètent : les caisses sont vides et si elles ne le sont pas encore elles le seront sûrement un jour ou l’autre. A moins d’un miracle…
Justement on l’attendaient le miracle. Juste un tout petit miracle. C’est un peu pour ça aussi qu’on l’avait élu, le petit Nicolas. Hélas le miracle n’a eu lieu. Le petit Nicolas nous a déçus. Et le père Noêl ne s’est même pas dérangé. A préféré aller trinquer avec ses copains à bord d’un yacht, au large d’une île peuplée des belles nanas, où il y a des apéros et des cacahouettes à volonté…
C’est clair Sarkozy prend les français pour des demeurés. Et son imposture est tellement grosse que beaucoup en restent pantois. On est même frappé par le silence assourdissant qui entoure de tels propos. Comme si sur cette question il y avait un consensus de la société toute entière. Remarquez qu’on n’a pas entendu beaucoup de réactions, venant du monde politique ou syndical, contestant le verdict. Au point même que l’on se demande si cela ne relève pas d’un silence honteux de la part de certains partis politiques de « gauche » peut être même d’une certaine complicité. Car finalement le diagnostic sur cette question est largement partagé « à gauche ». Si ce n’est pas dans les faits, au moins c’est dans les esprits : les « caisses sont vides ». C’est un acquis. On ne revient pas là-dessus. Et bien avant que Sarkozy viennent mettre un point final à la question.
Mais on pourrait résumer aussi les choses autrement : l’objectif des politique, de droite comme de « gauche », depuis plus de 20 ans, était justement…de « vider les caisses » ou du moins de ne rien faire pour les remplir. Et les gouvernements le savaient très bien, qu’il n’y avait de contre-réforme possible et acceptée que sur cette base là. Qu’il fallait donc préparer les terrain, les conditions matérielles et mentales de la contre offensive patronal. Et pour cela absolument créer et entretenir les difficultés financières, réelles ou fictives, peu importe, pourvu qu’on obtienne la résignation générale. On imagine donc sans peine l’intense plaisir de Sarkozy à annoncer de tels « constats ». Qui en fait là l’annonce de sa véritable victoire…

Comment les classes dominantes ont-elles organisé ce hold-up et comment font-elles peser une menace de réelle pénurie sur les finances publiques et la sécurité sociale ?

Restructurations et suppressions de postes, chômage de masse externalisé sur la collectivité, chantage à l’emploi et stagnation des salaires, travail précaire et salaires partiels ont été les armes principales de ce hold-up du siècle.

Mais parmi toutes ces armes de destruction massive il y en a une sur laquelle je voudrais revenir : c’est le processus par lequel le salaire socialisé (les cotisations) a été un des instruments privilégiés du patronat pour réduire la masse salariale. Et comment les employeurs ont réussi à reporter sur les contribuables la charge de financer la sécu.

Les suppressions ou les diminutions massives de cotisations sur les bas salaires c’est, au bas mot, 23 milliards en 2006. Fait partie du même dispositif, le gel des cotisations sur l’ensemble des salaires : la cotisation assurance maladie est bloquée à 13% depuis plus de 15 ans. Là il faudrait évaluer le volume de la masse salariale si la cotisation maladie avait évoluée en fonction des besoins de financement : probablement aux alentours des 50 milliards d’euros (12 milliards de déficits plus l’équivalent versés en CSG). Même chose pour l’Unédic : au moins 50 milliards d’euros supplémentaires pour indemniser correctement tous les chômeurs. Et j’en passe. Autre manière encore de réduire le salaire indirect a consisté dans le retour à de modes de rémunérations exonérés de cotisations (épargne salariale, primes diverses, primes d’intéressement, actionnariat salarié, stock-options, etc…)

Si le basculement des rapports de forces en faveur du patronat expliquent en partie cet accaparement de la richesse, il n’explique pas tout, et notamment les raisons pour lesquelles, dans l’ensemble, les travailleurs et les représentants syndicaux ont accepté, ou se sont résignés à ce qu’on s’attaque, au nom de l’emploi, aux « charges sociales ».
Si la patronat avait dit clairement aux salariés : « Bon, aujourd’hui, pour maintenir les emplois on va diminuer vos salaires »… on imagine sans peine les réactions que cela aurait suscité chez les salariés. Mais le patronat a préféré l’attaque indirecte : « Pour maintenir vos emplois on va diminuer les « charges sociales » »…et ce message là est passé. Avec des réticences certes, car les salariés savent confusément que les « charges sociales » cela a à voir, quelque part avec la sécurité sociale. De même qu’aujourd’hui, le message : « Si vous faites des heures supplémentaires totalement exonérées de cotisations et défiscalisés…vous gagnerez plus » passe aussi d’une certaine manière… Et pourtant, de telles mesures, par leur incidence directe sur les finances publiques et la sécurité sociale, c'est-à-dire sur l’ensemble de la collectivité, relèvent d’un véritable suicide social !

Sur ce point précis les mobilisations n’ont jamais été à la hauteur de telles attaques. Pourquoi ?
La sécurité sociale, comme les finances publiques, relèvent d’une forme de socialisation des ressources. Que cette socialisation fasse l’objet, de la part des classes dirigeantes, d’un véritable déni c’est un peu normal : le patronat ne peut pas concevoir qu’une sécurité soit sociale et non pas individuelle. Que le monde académique et ses demi savants fasse des lectures erronées sur la Sécu, cela peut se comprendre aussi, bien que cela puisse porter à conséquence si on prend ces lectures au sérieux. Mais que des travailleurs, jeunes ou vieux, en activité ou au chômage, partagent la même vision du salaire que le patronat c’est déjà plus problématique.

Pourquoi les cotisations, devenues « charges sociales » sont-elles aujourd’hui la cible préférée du patronat. Car elles ne sont pas perçues comme du salaire. Pour les salariés est « salaire » ce qui relève du sens commun libéral, c'est-à-dire ce qui apparaît en bas de la fiche de paie. Du coup une part non négligeable du salaire, près de 40% du salaire total, la part socialisée, n’a qu’une faible existence dans les représentations individuelles et collectives. Et cette représentation, quand elle existe, n’est autre que celle du patronat : ce sont les « charges sociales » dont tout le monde s’accorde pour estimer qu’elles sont trop élevées, plombent la compétitivité des entreprises sur le marché mondial, et donc pèsent sur l’emploi, etc….

Un combat à mener : la hausse des cotisations sociales (patronales) pour financer la sécu à hauteur des ses besoins.

François Ruffin a raison de démontrer, chiffres à l’appui, que les richesses créées ces dernières décennies ont été accaparés par les actionnaires et les capitalistes. Mais nous ont fait aussi cruellement défaut les raisonnements intellectuels qui nous aurait permis de saisir comment la notion de cotisation, de mutualisation, de salaire indirect, bref toute cette part de la richesse créée par le travail, puis mutualisée dans le pot commun de la sécu, à été petit à petit rognée par les capitalistes et concédée par les travailleurs, sans coup férir ou presque.

Sans une lutte explicite, à la fois intellectuelle, politique et idéologique, pour cette partie socialisée du salaire et contre toute « baisse de charges sociales », patronat et forces politiques de droites, comme de « gauche », continueront à s’attaquer aux « charges sociales ». Illustration : dans le même article François Ruffin cite le député socialiste Michel Sapin qui préconise « une diminution des charges sociales des entreprises qui auront conclu des négociations salariales» (sic). Bref un énième marché de dupes où les miettes qui auront été glanées pour le salaire direct seront aussitôt récupérées par le patronat par diminution du salaire indirect…On le voit, en la matière, c'est-à-dire comme zélateurs de la diminution inéluctable de la masse salariale, les socialistes persistent et signent. Avec comme résultat que les capitalistes continueront à rogner inexorablement la part socialisée du salaire et donc à vider encore plus les caisses de sécu, à menacer de pénurie les ressources publiques, et indirectement, à instiller la peur de l’avenir.
Seront ainsi réunies toutes les conditions idéologiques et psychologiques pour relancer l’épargne individuelle comme forme de sécurité et du même coup l’industrie de l’accumulation financière au profit des capitalistes.

Dans un article datant du 16 février l’économiste Michel Husson disait :
« que la légitimité du capitalisme est aujourd’hui profondément atteinte. […] Même si les rapports de force sont en sa faveur, une chose au moins devrait être claire : les projets visant à réguler, discipliner ou humaniser un tel système relèvent dans le contexte actuel d’un pure utopie, au mauvais sens du terme. La seule attitude cohérente aujourd’hui est au contraire d’opposer à ce « pur capitalisme » un « pur anticapitalisme » proportionné aux menaces qu’il fait peser sur le bien-être de l’humanité »
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« Le capital est du travail mort, qui, semblable au vampire, ne s’anime qu’en suçant le travail vivant, et sa vie est d’autant plus allègre qu’il en pompe davantage »
K. Marx


Article de Michel Husson :
http://hussonet.free.fr/kerviel8.pdf

Joaquim Soares (Valenciennes)

confra-ria a dit…

Olá Manu!
Bien sur j'ai signé la pétition et je fais miennes les paroles citées ci-dessus par Manu. Malheureusement je parle en connaissance de cause puisque j'ai recours très souvent avec Nina et Tomás au SNS qu'ils veulent transformer en SNS (Sustento Nacional de Socrates). Abraços
Manu

(Note de l'administrateur du site: Ce dernier message est en réaction à la pétition en faveur du SNS au Portugal)