13 mai 2010

Guerra aberta contra os salários








Bloco central agrava IVA e IRS
13-Mai-2010
PS e PSD entraram em acordo sobre agravamento da taxa de IRS e o aumento de um ponto percentual no IVA. Louçã acusa Sócrates de ser "biombo" do bloco central.
O acordo entre o governo e o PSD da última quarta-feira vai resultar em novas medidas de austeridade, que incluem o agravamento extraordinário da taxa de IRS suportada pelas famílias e o aumento de um ponto percentual no IVA. Nos bens de primeira necessidade o imposto sobe de 5 para 6 por cento e na restauração de 12 para 13 por cento. No encontro realizado na manhã desta quinta-feira entre Pedro Passos Coelho e José Sócrates serão acordadas novas medidas.

Durante um comício realizado no cinema Batalha, no Porto, Francisco Louçã acusou o primeiro ministro de ser “o biombo atrás de que se esconde este gigantesco, ameaçador bloco PS/PSD, este bloco central renascido, que de uma forma absolutamente impositiva procura reduzir a economia portuguesa ao pagamento dos juros para o sistema financeiro". Louçã recordou ainda que há 15 dias Sócrates garantia que não aumentava o IVA “o imposto mais injusto de todos” e que o seu aumento “significa mais recessão, significa estrangular a economia", completou.

"Em toda União Europeia há uma guerra aberta com o salário, ataca-se o trabalhador e é exactamente isso que está a acontecer em Portugal no PEC 1, que nós tínhamos até hoje, e no PEC 2, que será anunciado ao país no encontro matinal de quinta-feira entre o eng. Sócrates e o dr. Passos Coelho", afirmou Louçã.

Nas medidas avançadas pelo governo também está previsto um corte de 150 milhões de euros nas indemnizações compensatórias às empresas públicas (principalmente dos transportes e a RTP), que em 2009 foram de 457,4 milhões. As transferências para as autarquias devem ser reduzidas em 100 milhões de euros.

Sem ter claro ainda qual conceito será utilizado para definir grandes empresas sabe-se que o governo pretende aplicar uma taxa extraordinária de IRC de 2,5 por cento este ano, a taxa também deve ser aplicada sobre os bancos. No que diz respeito ao corte das despesas o governo avança com um corte salarial de cinco por cento para políticos, gestores de empresas públicas e líderes das entidades reguladoras.

in www.esquerda.net

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