28 nov. 2007

Le Monde Diplomatique - décembre 2007

** Le Monde diplomatique **


Décembre 2007

http://www.monde-diplomatique.fr/2007/12/

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DANS CE NUMÉRO

* Pakistan
par Ignacio Ramonet.
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/12/RAMONET/15395


ÉTATS-UNIS

* Le magicien de la Maison Blanche
par Christian Salmon.


RUSSIE

* Pourquoi le président Vladimir Poutine est si populaire
par Jean Radvanyi.

* Le poids des affaires étrangères (J. R.).


SOCIAL

* Ultime « réforme » des retraites... avant la prochaine
par Antoine Rémond (aperçu).
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/12/REMOND/15438

* Régimes très spéciaux (A. R.).

* Sondages très spécieux (A. R.).

Cet article est mis en débat sur notre site :
http://www.monde-diplomatique.fr/debat/retraites


TRAITÉ DE LISBONNE

* Résurrection de la « Constitution » européenne
par Bernard Cassen (aperçu).
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/12/CASSEN/15442


AMÉRIQUE LATINE

* Washington a-t-il perdu l'Amérique latine ?
par Janette Habel (aperçu).
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/12/HABEL/15380

* Fraude médiatique au Costa Rica
par Nora Garita.

* Une femme à la barre de l'Argentine
par Carlos Gabetta.

* Chili, 1907, Santa María de Iquique
par Sergio Grez Toso.


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« LA SOCIOLOGIE EST UN SPORT DE COMBAT »

Le film de Pierre Carles sur Pierre Bourdieu
en partenariat avec « Le Monde diplomatique »

« Je dis souvent que la sociologie, c’est un sport
de combat, c’est un instrument de self-défense. On
s’en sert pour se défendre, essentiellement, et on n’a
pas le droit de s’en servir pour faire des mauvais coups. »

Pierre Bourdieu

Durée du film : 2 h 20 - 25 euros

DVD disponible sur notre boutique en ligne :
http://www.monde-diplomatique.fr/boutique/sociologie

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ENQUÊTE

* Des travailleurs « récupèrent » leurs entreprises
par Cécile Raimbeau.

* Y a-t-il un avenir pour l'autogestion ? (C. R.).


ÉCOLOGIE

* Faut-il brûler le protocole de Kyoto ?
par Aurélien Bernier.

* L'inquiétante pensée du mentor écologiste de M. Sarkozy
par Daniel Tanuro.


AFRIQUE

* La Côte d'Ivoire tente la réconciliation nationale
par Michel Galy.

* Rôle central de l'immigration
par Augusta Conchiglia.


ASIE

* En Inde, expansion de la guérilla naxalite
par Cédric Gouverneur.


NOVLANGUE

* Capital... humain
par Alain Bihr.


LES LIVRES DU MOIS

« Comme si elle dormait », d'Elias Khoury, par Marina Da
Silva. - « Cueillez-moi jolis messieurs... », de Bessora,
par Anne-Cécile Robert. - « Aryens » de tous pays..., par
Lionel Richard.

* Comment s'élabore le consensus
par Evelyne Pieiller.

* Au temps d'Augusto Pinochet
par Anne Cauwel.

* Les écrivains vietnamiens s'attaquent aux tabous
par Jean-Claude Pomonti.


Retrouvez le sommaire complet :
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/12/

Rendez-vous
http://www.monde-diplomatique.fr/rendez-vous/

Dans les revues...
http://www.monde-diplomatique.fr/revues/2007/12


Récemment sur notre site :

* Villiers-le-Bel, de la mort à la rage
La valise diplomatique, 26 novembre 2007
http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/2007-11-26-Villiers-le-Bel

* Annapolis, « village Potemkine » de la paix
par Alain Gresh, 25 novembre 2007

http://blog.mondediplo.net/2007-11-25-Annapolis-village-Potemkine-de-la-paix

* Corée : l’argent de la paix
par Any Bourrier, 20 novembre 2007
http://blog.mondediplo.net/2007-11-20-Coree-l-argent-de-la-paix


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Je parle portugais

ESPAÇO « JE PARLE PORTUGAIS » 2007

Do dia 22 ao dia 25 de Novembro o espaço “Je parle portugais”, integrou pelo terceiro ano consecutivo o "Salon de l'Education" (Salão da Educação) de Paris. Iniciativa da Associação Cap Magellan, este espaço dedicado a lusofonia constitui um lugar de dinamismo relativo à acção e as presenças em redor da língua portuguesa.
Esta oportunidade é o resultado do reconhecimento do trabalho realizado ao longo dos últimos anos mas igualmente o trabalho de abordagem desenvolvido pela "Ligue de l'enseignement" (Liga do ensino), organizadora do "Salon de l'Education".

Este ano, o espaço “Je parle portugais” permitio a celebração da língua portuguesa durante 4 dias e mostrar uma imagem moderna e dinámica da língua, por meio de:

ATELIERS

Atelier sobre o Voluntariado Internacional em Empresa animado pelo CIVI
Atelier “qual é a vantagem de escolher o português para o BTS”, animado por Luis Da Silva, Professor ao ENC Bessières (Escola Nacional de Comércio).
Atelier “que fazer com um LLCE ou LEA de português” animado pela ADEPBA, este atelier apresentou-nos as perspectivas profissionais para os titulares de um LLCE (Línguas Literaturas e Civilizações Estrangeiras) ou um LEA (Línguas Estrangeiras Aplicadas) de português.
Atelier sobre os Programas destinados aos lusodescendentes, animado por Ana Brigeiro da DGACCP do Porto, este atelier apresentou os programas destinados aos lusodescendentes (estágio, cidadania, educação…).
Atelier “viver e trabalhar em Portugal”, animado pelo conselheiro EURES João Medroa.

ANIMAÇÕES

As danças Lusófonas em destaque…
Domingo 25 de Novembro, uma verdadeira arajem fresca soprou sobre o "Salon de l'Education" com as representações de Capoeira Angolana (Angoleiros do Mar), de Samba (Allez-Samba) e Percussões Africanas (Danses Africaines et Percussions).

VISITAS INSTITUCIONAIS

Sr. António Monteiro, Embaixador de Portugal em França.
Sr. Jean Paul Huchon, Presidente do Conselho regional de Ile-de-France
Sra. Roselyne Bachelot, Ministra da Saúde, da Juventude e dos Desportos
Sr. Xavier Darcos, Ministro da Educação nacional.
Sr. Jean-Marc Roirant, Secretário geral da Liga do ensino.
Sra. Nadia Bellaoui, Secretária nacional da Liga do ensino
Sr. Michel PEREZ, Inspector Geral da Educação Nacional, responsável do grupo de português.

CONCURSOS

Concursos “Je parle portugais”, com prémio uma viaja à Portugal, de avião com TAP air Portugal e também vários CDs de música e livros lusófonos.

STANDS

ADEPBA, Cap Magellan, DSE Departamento Estágios e Emprego, Instituto Camões, Coordenação Geral do Ensino, Ministério da Educação, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Instituto Português da Juventude, Movijovem, CCPF, TAP Portugal, CLP TV, Radio Alfa, Espaço Animação, Espaço Multimédia, Espaço Exposição.

DIA PARA O ENSINO DO PORTUGUÊS NA FRANÇA

A ADEPBA organisou um dia destinado aos professores e estudantes de português no sábado 24 de Novembro. Este dia foi presidido por Michel Perez, Inspector Geral da Educação Nacional, responsável do grupo de português. Diferentes temáticas foram abordadas:

Trocas internacionais e viagens escolares no estrangeiro eTwinning
- Apresentação de eTwinning: plataforma de intercâmbios electrónicos à objectivo pedagógico, animado por Brigitte BOITEL-BONFILS, professora de português, encarregada de missão LVE do CRDP de Paris, membro da ADEPBA.
- Testemunhos sobre as intercâmbios escolares no quadro do eTwinning. Animado por Sandrine ARAGON, professora de letras modernas.
As viagens escolares
- Organização e Programa de viagens escolares no estrangeiro, animado por João Cabral, MOVIJOVEM (Auberges de jeunesse du Portugal) Hermano SANCHES RUIVO, presidente da Associação Cap Magellan
- Organização de uma viagem pedagógica no estrangeiro, aspecto jurídico e financeiro - Exploração pedagógica das viagens à Portugal e ao Brasil no curso de português, animado por Anne-Marie STOENESCO, professora de portugueses.

Literatura, cinema e guerras coloniais: A margem dos murmúrios Lídia Jorge
- uma margem entre literatura e cinema, animado por Christophe GONZALEZ, Professor das universidades, Universidade de Toulouse Le Mirail, presidente do ADEPBA.
- Portugal e as suas guerras coloniais animados por Yves LÉONARD, historiador, professor à IEP - Ciências PO, Paris. Aspectos da guerra na novela e no filme, e José Carlos JANELA ANTUNES, historiador, professor ao Liceu internacional de Saint Germain en Laye.
Atelier sobre o DVD “Le rivage des murmures”

MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

O canal de televisão CLPTv, Rádio Alfa e a revista mensal CAPMag, cobriram o acontecimento directamente desde o Espaço “Je parle portugais”. Nesta ocasião, entrevistas, reportagens e retransmissões em directo foram realizadas durante toda a duração da feira.

UMA INICIATIVA DE CAP MAGELLAN

A Associação Cap Magellan, fundada em 1991, é uma associação francesa de jovens lusodescendentes, lusófonos e lusofilos, e a principal associação de jovens lusófonos ou lusofilos na Europa. Pioneira, deseja chamar a atenção sobre as vantagens de uma cultura e uma língua internacional numa sociedade em mutação, virada para o futuro e a Europa. Cap Magellan participa assim activamente na vida da comunidade portuguesa e lusófona de França, tendo um papel activo no desenvolvimento das relações entre a França, Portugal e outros países de língua portuguesa nos domínios da juventude, das trocas, da cultura, da cidadania e a organização de acontecimentos neste domínios. Com uma forte dimensão de informação, (revista, guia prático, sítio internet e centro de documentação), a associação desenvolve projectos culturais (exposições, concertos), apoia a formação, estágios e emprego, e organização de campanhas de cidadania (segurança rodoviária, luta contra as discriminações, a importância do voto, luta contra a SIDA). www.capmagellan.org

Démocratie (et medias)...


Petição

PETIÇÃO EM PROL DAS CRIANÇAS VÍTIMAS DE CRIMES SEXUAIS

Para estabelecimento de medidas sociais, administrativas, legais e judiciais, que realizem o dever de protecção do Estado em relação às crianças confiadas à guarda de instituições, assim como as que assegurem o respeito pelas necessidades especiais da criança vítima de crimes sexuais, testemunha em processo penal.

ASSINE e DIVULGUE

COPIE O TEXTO DA PETIÇÃO E PUBLIQUE NO SEU BLOGUE E/OU ENVIE AOS SEUS CONTACTOS – ao divulgar já está a ajudar.

http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html


Bem-hajam.

Quando a França ferve...

Quando a França ferve…

No passado fim-de-semana tive oportunidade de participar no fórum “Maintenant à Gauche”, no Caveau de la République, em Paris. As primeiras impressões foram dum país e duma capital, bela como sempre, mas profundamente marcada pelas greves e manifestações das últimas semanas, com particular incidência nos transportes públicos e visível nas enormes filas de trânsito. Os ferroviários – os bravos cheminots – foram o coração dos protestos que alastraram a outros sectores, com destaque para a greve da função pública. Também os estudantes da Sorbonne e outras universidades em luta contra a política de privatização do ensino superior se travaram de velhas razões com os flics da polícia de choque, agora às ordens de Sarkozy.

O que surpreende (ou talvez não) é a força e a extensão de um vasto movimento social, seis meses depois da eleição dum Presidente trauliteiro, o mais à direita desde que De Gaulle proclamou a V República. Cavalgando a onda do mais desbragado neoliberalismo, alinhado com os neocons norte-americanos e com Bush nas ameaças de guerra contra o Irão, Sarkozy disse ao que vinha ao romper com a tradicional independência da política externa francesa e com o Estado Social paternalista modelado pela burguesia no pós-guerra, face a um movimento operário poderoso e combativo. É claro que toda esta agressividade social não podia passar sem resposta.

A receita é conhecida em Portugal, pela mão do governo Sócrates: a mesma demagogia do combate aos privilégios visa a destruição dos regimes especiais de protecção social conquistados há décadas por categorias profissionais particularmente desgastantes, como os ferroviários ou os mineiros. Lá como cá, na função pública e no sector privado, o objectivo é aumentar a idade geral de reforma que em França é hoje aos 60 anos. O mundo do trabalho responde à questão dos “privilégios” colocando cima da mesa a exigência duma justa repartição da riqueza. Questão bem oportuna quando Sarkozy, o mesmo que chamou “escumalha” aos jovens franceses e imigrantes da segunda geração, está a braços com escândalos dos seus amigos banqueiros e traficantes de armas para países africanos e o ex-Presidente Chirac responde a uma procuradora e pode vir a sentar-se no banco dos réus …

Neste clima de efervescência social, discutiu-se a premência duma alternativa política que responda às aspirações de mudança dos trabalhadores. Apesar de traços comuns, como o “centrão” neoliberal entre o PS e a direita, a situação tem particularidades à esquerda que merecem a maior atenção – ou não fosse França, há mais de dois séculos, o laboratório político da Europa.

Depois da dispersão visível nas presidenciais de Maio passado, há uma consciência muito forte da necessidade de abrir novos caminhos à esquerda e começam a desenhar-se pontos de entendimento: o primeiro é a defesa intransigente da soberania popular e do respeito pelo NÃO do povo francês ao projecto de Constituição Europeia, o combate contra a imposição do novo Tratado Europeu sem referendo, à revelia da própria Constituição; a defesa das conquistas do movimento operário e dos direitos sociais; a recusa de atrelamento a governos de gestão do neoliberalismo e o corte com um PS que apenas critica a falta de diálogo de Sarkozy mas subscreve todas as suas contra-reformas.

Na sala desfilaram militantes de diversas origens políticas: socialistas, comunistas, republicanos de esquerda, ecologistas, trotskistas, altermundialistas, todos partilhando a convicção de que é urgente uma formação política ampla, plural e combativa, um novo “rassemblement à gauche” que faça renascer a esperança. Significativa a intervenção do representante da corrente unitária do PCF: “a melhor maneira de defender hoje o ideal comunista é ultrapassar a forma Partido Comunista e mergulhar no seio duma formação ampla da esquerda”. Em cima da mesa estiveram experiências da nova esquerda europeia, como o Bloco de Esquerda e o “Die Link” alemão, resultante da fusão do ex-PDS e da esquerda do SPD representada por Oskar Lafontaine, presidente deste novo partido que já ultrapassou os 8% a nível nacional e os 20% em territórios da antiga RDA.

Felizmente, as aspirações de unidade e mudança não se esgotam no Caveau de la République. Dois dias antes, num comício com duas mil pessoas, Olivier Besancenot – o candidato à esquerda do PS mais votado nas presidenciais – defendeu também a necessidade do novo partido anti-capitalista. Aguardam-se novidades nos Congressos do PCF e da LCR, em Dezembro e Janeiro próximos. E como a luta social não tem fronteiras, a 30 de Novembro cá vamos à greve geral da função pública!

Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 27/11/2007

25 nov. 2007

Vergonha!


Fiquei muito recentemente a saber do acidente mortal que envolveu um jovem da zona de Messines e que era conhecido dos meus pais e dos vizinhos aqui em França...
Em solidariedade, copiei esta imagem no Penedo grande (desculpa!) para partilhar a emoção...

Energies renouvelables

Le Portugal va devenir le premier producteur mondial, à l'échelle commerciale, d'électricité générée à partir la houle marine.

Pour ce faire, le Portugal est en train de se doter de machines Pelamis semi émergées, nom d'origine latine qui signifie serpent de mer, conçues par une entreprise écossaise, Pelamis Wave Power (PWP). Cette machine est composée de plusieurs cylindres de 3,5 mètres de circonférence, chacun de la longueur d'un wagon de train et reliés entre eux dans la direction des vagues sur une longueur totale d'environ 150 mètres. Les vagues provoquent la montée et la descente du Pelamis dans une séquence de mouvements ressemblants à ceux d'un serpent. Au niveau des charnières, des marteaux hydrauliques pompent une huile à haute pression et fournissent une énergie qui est convertie en électricité par un générateur.

Le projet Pelamis fournira à ses débuts 2,25 megawatts (MW) d'énergie propre au large d'Aguçadoura, dans le Nord du Portugal, de quoi fournir l'équivalent énergétique de 1 500 foyers. A terme, le projet sera capable de générer l'énergie de 15 000 maisons, économisant ainsi l'émission de 60 000 tonnes de CO2 par an. Cette initiative est financée à hauteur de 15% par des financements publics, le reste étant à la charge du maître d'oeuvre, l'entreprise Enersis reconnue pour ses investissements dans les énergies renouvelables. Cependant, sans les fonds publics, le projet ne serait pas rentable. Disposant de trois appareils au départ, Enersis espère porter la ferme à vagues à 30 machines dès l'année prochaine pour atteindre en quelques années une centaine de machines pour une production de 500 MW qui rendrait le projet rentable.

Ce projet s'inscrit bien dans la politique volontariste du Portugal pour développer les énergies renouvelables. Le premier ministre portugais José Sócrates a récemment relevé le taux des énergies renouvelables que le pays devra produire d'ici 2010 en passant de 39% à 45%. Centré sur l'énergie éolienne, le manque de place sera à terme un problème pour le Portugal qui doit alors trouver d'autres sources d'énergies renouvelables. Avec des côtes s'étalant sur plus de 830 km, l'énergie des vagues présente un grand intérêt de même qu'il offrirait un avantage commercial pour le Portugal qui se positionnerait comme un pionner dans cette technologie dans un processus comparable à celui qui a permis au Danemark et à l'Allemagne de dominer le marché de l'énergie éolienne.
En savoir plus
Références
"Portugal tira energia da sondas do mar" - Diário de Notícias - 03/10/2007 - p34
"Portugal gambles on 'sea snakes' providing an energy boost'" - The Guardian - 01/10/2007
Rédacteur
Guillaume Arras

Source
BE Portugal numéro 27 (15/11/2007) - Ambassade de France au Portugal / ADIT - http://www.bulletins-electroniques.com/actualites/51865.htm

Salon de l'Education


Espaço "eu falo português" no Salon de l'Education em Paris do 22 ao 25 de Novembro de 2007

17 nov. 2007

saudades do Alentejo


Mourão. O restaurante "Adega velha" é um lugar de puro prazer cujo endereço não se pode dar a ninguém!
Aqui é o castelo, que podia ser melhor aproveitado. Mas estas terras são de gente pobre (mas digna!)
O Alentejo sempre foi esquecido, este Governo não escapa à regra!

Esquerda europeia

Debate internacional em Lisboa

Sábado às 16h há transmissão em directo do debate da esquerda europeia (http://www.esquerda.net).

16-Nov-2007
Veja aqui a transmissão em directo a partir das 16hAlain Krivine (LCR francesa) e Alex Callinnicos (SWP inglês) são os convidados internacionais para o debate sobre os novos caminhos da esquerda socialista europeia, que se realiza em Almada e será transmitido em directo aqui no esquerda.net. Francisco Louçã e Mariana Aiveca também participam no debate que encerra a Conferência das Esquerdas Anticapitalistas Europeias.

Para além destas duas figuras de referência da esquerda anticapitalista na Inglaterra e França, o encontro de movimentos políticos que o Bloco de Esquerda recebe este sábado junta outros dirigentes da esquerda europeia.

Dois dos participantes acabam de sair de processos eleitorais. É o caso de Soren Sondergaard, eurodeputado e dirigente da Aliança Verde e Vermelha dinamarquesa, que conquistou quatro lugares no parlamento nas eleições de terça feira. Outro dos convidados será Giorgos Karatsioubanis, dirigente do Synaspismos, cuja aliança eleitoral conseguiu 14 deputados nas eleições de Setembro.

A Conferência terá lugar na Pousada de Juventude de Almada e o debate público tem início às 16h deste sábado.

11 nov. 2007

Précarité



In Charlie Hebdo

Vergonhoso: Professores das AEC não recebem!

As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram algo tortas e, como diz a sábia voz do povo, «aquilo que nasce torto, tarde ou mal se endireita».
Não querendo tomar a parte pelo todo, não me atrevo, para já, a juntar-me ao exército, que tem visto as suas fileiras engrossarem, daqueles que diabolizam as AEC. Apesar de não ser novidade para ninguém que me conheça que não concordo com o modelo adoptado nem com os objectivos (se é que estes existem) que estas se propões alcançar. Todavia, posso afirmar, convictamente, que este modelo contribui para o empobrecimento dos professores envolvidos no projecto.
A trabalharem desde Setembro sem receberem um cêntimo pelos seus serviços é absolutamente inaceitável. Não esqueçamos que estes profissionais trabalham a «Recibo Verde», portanto há uma boa parte do ano em que não recebem coisa alguma. Isto já é preocupante. Pensar que estas pessoas desde Julho que não auferem qualquer vencimento suscita-me algumas questões: Quem paga a renda / prestação da casa? Quem paga a alimentação? Quem paga a água, a luz, o telefone? Como é que se vive assim? Não esqueçamos que muitos têm que se deslocar em transporte próprio para a (s) escola (s) onde leccionam. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática. Parece que os vencimentos estão a ser processados…estavam…estarão…Ninguém sabe ao certo.
O que sei é que há gente a vivenciar situações dramáticas. Um amigo disse-me que não sabe se o dinheiro que ainda lhe resta será suficiente para o combustível que lhe permita deslocar-se às várias escolas em que trabalha. Aqui está outra aberração: contratam imensa gente e depois atribuem apenas 12 horas a cada professor, horas distribuídas por distintos locais, obrigando a várias deslocações diárias.
Se não expusesse esta situação vergonhosa e lamentável hoje, tenho a sensação de que nem dormiria em paz. Outros há que estão, dado o adiantado da hora, tranquilamente a sonhar com a cabeça na almofada. Enquanto isso, muitos fazem das tripas o coração, encetando majestosos malabarismos, para fazerem face às necessidades básicas do quotidiano.
Que vergonha!!!

In www.cegueiralusa.com

Pobreza


"E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infância, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?"

Almeida Garrett - citação in Levantado do chão, de José Saramago

10 nov. 2007

Appel aux Parlementaires européens

Non à la directive de la honte !
Appel aux parlementaires européens

Le 29 novembre, un projet de directive sur la rétention et l'expulsion des personnes étrangères sera soumis au Parlement européen.

Depuis 1990, la politique européenne conduite par les gouvernements en matière d'immigration et d'asile s'est traduite par une réduction continue des garanties et des protections fondamentales des personnes. L'Europe se transforme en une forteresse cadenassée et met en oeuvre des moyens démesurés pour empêcher l'accès à son territoire et expulser les sans-papiers.

Le projet de directive, s'il était adopté, constituerait une nouvelle régression.
En prévoyant une rétention pouvant atteindre 18 mois pour des personnes dont le seul délit est de vouloir vivre en Europe, il porte en lui une logique inhumaine : la généralisation d'une politique d'enfermement des personnes étrangères qui pourrait ainsi devenir le mode normal de gestion des populations migrantes.
En instaurant une interdiction pour 5 ans de revenir en Europe pour toutes les personnes renvoyées, ce projet de directive stigmatise les sans-papiers et les transforme en délinquants à exclure.

Le projet de directive qui sera présenté au Parlement est le premier dans ce domaine qui fasse l'objet d'une procédure de co-décision avec le Conseil des ministres. Le Parlement a donc enfin la possibilité de mettre un terme à cette politique régressive qui va à l'encontre des valeurs humanistes qui sont à la base du projet européen et qui lui donnent sens.

Les parlementaires européens ont aujourd'hui une responsabilité historique : réagir pour ne pas laisser retomber l'Europe dans les heures sombres de la ségrégation entre nationaux et indésirables par la systématisation des camps et de l'éloignement forcé.
Nous appelons les parlementaires européens à prendre leurs responsabilités et à rejeter ce projet.



Pétition à signer en ligne : http://www.directivedelahonte.org/


Premiers signataires

European organizations
Migreurop
AEDH - Association Européenne pour la défense des Droits de l'Homme

Belgium
CIRE - Coordination et Initiatives pour et avec les Réfugiés et Étrangers
LDH - Ligue des Droits de l'Homme


France
Anafé - Association nationale d'assistance aux frontières pour les étrangers
ATMF - Association des Travailleurs Maghrébins de France
Cimade - Service oecuménique d'entraide
Gisti - Groupe d'information et de soutien des immigrés
IPAM - Initiatives Pour un Autre Monde

LDH - Ligue des droits de l'Homme

Germany
Pro Asyl


Italy
ARCI - Associazione Ricreativa e Culturale Italiana

Spain
APDHA - Asociación Pro-Derechos Humanos de Andalucía

United Kingdom
NCADC - National Coalition of Anti-Deportation Campaigns
Statewatch

UDC, l'extrême-droite raciste et xénophobe au pouvoir en Suisse


Companheiros:

Vejam como a xenofobia está a crescer na Suíça. Insultam a comunidade portuguesa, ainda por cima a pretexto do 25 de Abril ter "destruiu as elites" que para lá emigravam - só se fossem os lavadores de dinheiro!!!

Vá lá que os directores escolares pediram desculpas...

Anexo dois mails que me foram enviados pelo camarada Fernando Batista, de França e que é natural de Sines.

Se puderem, espalhem estes mails e protestem contra a xenófobia em crescendo na Suíça e não só...

Abraços

Alberto Matos


COMUNIDADE PORTUGUESA É INJURIADA E VEXADA PELAS AUTORIDADES ESCOLARES SUÍÇAS
29/10/2007

CONSELHO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
Manuel de Melo e António Dias Ferreira
Conselheiros eleitos pelo círculo eleitoral da Suíça

Comunicado de imprensa

Comunidade portuguesa é injuriada e vexada pelas autoridades escolares suíças

Em nota de informação enviada aos serviços escolares cantonais, datada de 11.09.2007 e à qual apenas agora tivemos acesso, a CDIP – o organismo que coordena os serviços da instrução pública na Suíça, tece considerações altamente injuriosas e vexatórias para os milhares de portugueses residentes na Confederação Helvética.

O referido documento foi elaborado no âmbito da visita que António Braga, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas efectuou ao país, e serviu de pano de fundo para a análise da situação e tomada de conclusões acerca do insucesso escolar dos alunos portugueses na Suíça, durante o encontro que teve lugar no dia 12 de Julho de 2007, entre o secretário de Estado português e a Sra. Isabelle Chassot, presidente da CDIP.

Depois de reconhecer que os resultados escolares dos alunos portugueses na Suíça são os mais baixos dentre as comunidades de migrantes que vivem no país e que os portugueses têm uma representação excessiva nas classes especializadas, e que raramente acedem a uma formação pós-obrigatória, a CDIP aponta três razões essenciais que explicam a situação, entre as quais a de que «a comunidade portuguesa na Suíça é uma comunidade “sem cabeça”, isto é, esta comunidade não dispõe de nenhuma elite na Suíça que lhe possa servir de modelo; esta situação explica-se em virtude das perturbações políticas que Portugal conheceu após a Revolução dos Cravos (1974): depois da democratização do país, a maioria dos quadros e dos intelectuais portugueses que residiam na Suíça e que aí tinham feito os seus estudos, regressaram ao seu país; daí em diante apenas as famílias de origem modesta se fixaram na Suíça».

Mas a gravidade da situação não se fica por aqui. Na acta final do encontro entre as duas delegações, sendo a delegação portuguesa chefiada por António Braga, atribui-se única e exclusivamente à comunidade portuguesa a responsabilidade da situação, nomeadamente a «origem sócio-cultural modesta das famílias» e as «dificuldades destas em compreender a complexidade do sistema escolar suíço e de reagir em consequência face aos problemas», ao que acresce ainda a «ausência de “modelo” para a comunidade portuguesa (isto é, na hora actual, não existe mais na Suíça, personalidades portuguesas que tenham um papel de modelos para os jovens desta comunidade». No mesmo documento pode ainda ler-se que «convém assinalar, em particular, a abertura da delegação portuguesa quanto às causas que estão na origem dos problemas escolares encontrados pelos alunos portugueses na Suíça».

Ora, não foram essas as conclusões que António Braga transmitiu aos conselheiros do CCP na Suíça, no encontro que realizou com os mesmos na Embaixada de Portugal em Berna, após a sua visita à Suíça.

Para lá das apreciações insultuosas e humilhantes para com a comunidade portuguesa, a CDIP, de forma leviana – a sua análise não está sustentada em qualquer estudo sério elaborado para o efeito – tira conclusões escabrosas que revelam apenas um desrespeito profundo pela comunidade lusa, além de demonstrar um desconhecimento absoluto daquilo que representa hoje a comunidade portuguesa na Suíça, onde se destacam professores universitários, médicos, políticos, sindicalistas, empregados bancários, quadros superiores em muitas empresas, destacados empresários, etc.

Em nome da honrosa massa de trabalhadores portugueses, que está entre as que mais têm contribuído para o desenvolvimento económico e social da Suíça, repudiamos os insultos e o enxovalho à comunidade por parte da CDIP, e exigimos à senhora Isabelle Chassot, enquanto presidente desse órgão, que apresente um pedido formal de desculpas à comunidade portuguesa na Suíça.

Exigimos igualmente ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga e ao embaixador de Portugal na Suíça, Eurico de Paes, um esclarecimento cabal sobre tudo o que se passou entre as delegações portuguesa e suíça, e se as conclusões assumidas foram efectivamente aquelas que a CDPI levou à acta que elaborou da referida reunião.

Apelamos também à mobilização e solidariedade de todos os líderes e membros da comunidade portuguesa na Suíça, contra este ataque grosseiro à nossa comunidade, e solicitamos desde já a todos os emigrantes portugueses, que boicotem quaisquer iniciativas a realizar pela CDIP e pela Embaixada de Portugal em Berna, a começar já pela recepção que o embaixador português vai oferecer no dia 30 deste mês, aos professores portugueses na Suíça, e que apenas pretende servir para os envolver nesta farsa ignóbil e repugnante.

Por último, pedimos a todos aqueles que tenham acesso à Internet, que enviem mensagens de protesto e repúdio para os endereços electrónicos dos seguintes responsáveis:

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas – António Braga

Embaixador de Portugal na Suíça – Eurico Paes

Presidente da CDIP Isabelle Chassot

Genebra/Sion, 29 de Outubro de 2007.

Contactos:
Manuel de Melo (Genève)
- Tel. +41 (0)79 621 24 88
- E-mail

A. Dias Ferreira (Sion)
- Tel. +41 (0)27 203 36 81
- E-mail

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Noticia difundida no site "luso.fr"

Abraço
Fernando Batista

A CONFERÊNCIA SUÍÇA DOS DIRECTORES CANTONAIS DE INSTRUÇÃO PÚBLICA APRESENTA DESCULPAS À COMUNIDADE PORTUGUESA




02/11/2007

NOTA INFORMATIVA

Em resposta ao abaixo-assinado subscrito por dezenas de portugueses, e através de uma nota que reproduzimos a seguir, assinada pelo seu Secretário-Geral, Hans Ambühl, a Conferência suíça dos Directores cantonais de Instrução Pública (CDIP) apresenta formalmente desculpas à comunidade portuguesa e compromete-se a prosseguir activamente a cooperação construtiva com as autoridades portuguesas, nomeadamente com a embaixada de Portugal em Berna, no que respeita à escolarização das crianças portuguesas.

Por agora, e porque o que está em causa são os legítimos direitos e interesses das crianças portuguesas, aceitamos as desculpas da CDIP, sem contudo deixarmos de considerar que as suas alegações estão escudadas em desculpas bacocas, especialmente no calino «documento interno» pois, mesmo a «nível interno» nada justifica o procedimento da CDIP.

Mas se o procedimento da CDIP não é recomendável, a postura das autoridades portuguesas, nomeadamente do Embaixador de Portugal na Suíça, Eurico de Paes, não lhe fica atrás. O mínimo que se esperaria da parte do embaixador de Portugal em Berna – depois de toda a comunidade lusa ter sido vexada e enxovalhada pela CDIP – era que o mesmo manifestasse publicamente a sua solidariedade para com a comunidade lusa e solicitasse de imediato às autoridades helvéticas um pedido formal de desculpas. Pelo contrário, o embaixador preferiu atacar cobardemente os conselheiros que denunciaram a situação, dirigindo-lhes uma missiva acusando-os de mediatismo. Ora, o embaixador português não só não cumpriu o seu dever, como também votou toda a comunidade portuguesa a um desprezo absoluto.

Esperando que tal não se repita no futuro, aconselhamos o embaixador de Portugal na Suíça a adoptar uma atitude mais responsável e a assumir a defesa dos verdadeiros interesses dos emigrantes portugueses. É para isso que servem os embaixadores.

No que respeita ao problema concreto, que é o insucesso escolar dos alunos portugueses na Suíça e o elevado número de crianças lusas em “Classes Especiais”, continuamos a exigir às autoridade suíças e portuguesas, uma maior intervenção de ambas as partes na procura de soluções que conduzam a uma melhoria dos coeficientes de aproveitamento escolar das crianças portuguesas.

Continuamos a aguardar que seja constituído o grupo de trabalho luso-suíço para acompanhar esta problemática, e que seja feito o levantamento rigoroso de todas as crianças portuguesas que frequentam o ensino espacial suíço e sejam fornecidas as cadernetas escolares das mesmas, tal como foi prometido há quase quatro meses pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, e pelo embaixador de Portugal em Berna.

Por último, agradecemos a todos os nossos compatriotas que nos têm apoiado nesta luta em defesa das nossas crianças e jovens, e apelamos a todos para que se mantenham vigilantes, pois não podemos ficar à espera do poder político que, por vezes, é moroso e talvez desinteressado.

Genebra/Sion, 2 de Novembro de 2007.

MANUEL DE MELO e ANTÓNIO DIAS FERREIRA
Conselheiros da Comunidade Portuguesa

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Mesdames, Messieurs,

La Présidente de la Conférence suisse des directeurs cantonaux de l'instruction publique (CDIP), Mme la Conseillère d'Etat Isabelle Chassot, a bien reçu votre message et nous a priés de bien vouloir vous apporter les éléments de réponse nécessaires.

Nous comprenons pleinement l'émotion et les sentiments que vous avez pu ressentir à la lecture du communiqué de presse publié par MM. Manuel de Melo et Antonio Dias Ferreira. Nous partageons d'autant plus cette émotion que les propos relatés dans ce communiqué ne correspondent en rien à une prise de position de la CDIP et encore moins à une déclaration de la Présidente de notre Conférence.

Pour votre information, les propos relatés dans le communiqué de presse en question proviennent de la diffusion non autorisée d'un document interne du Secrétariat général de la CDIP reflétant non pas l'évaluation de notre Conférence, mais seulement l'appréciation personnelle de l'un de nos collaborateurs. Néanmoins, nous tenons à vous présenter toutes nos excuses pour les propos non différenciés et sans nuance, contenus dans ce document, au sujet des facteurs explicatifs de l'échec scolaire de certains enfants portugais en Suisse.

La CDIP tient enfin à vous assurer qu'elle poursuivra activement la coopération constructive établie avec les autorités portugaises, en particulier avec l'ambassade de ce pays à Berne, en ce qui concerne la scolarisation des enfants portugais en Suisse.

En vous réitérant nos regrets pour ces propos qui ont pu vous blesser et en restant à votre disposition pour tout renseignement complémentaire, nous vous adressons, Mesdames, Messieurs, nos meilleures salutations.

Conférence suisse des directeurs cantonaux de l'instruction publique

Hans Ambühl
Secrétaire général

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Les soussigné-e-s ont été choqué-e-s par la façon dont les documents de la Conférence suisse des directeurs cantonaux de l'instruction publique (CDIP) ci-joints ont été rédigés. Ces textes sont injurieux et inexacts.

C'est un vrai manque de respect envers une communauté qui est attachée à la Suisse, qui s'y est bien intégrée et qui se préoccupe de l'avenir de ses enfants. Ce sont en effet les membres de la communauté portugaise qui ont été à plusieurs reprises à l'origine d'une demande de concertation entre les autorités portugaises et les autorités suisses sur la situation de leurs enfants dans le système scolaire suisse!

Les représentants de la communauté portugaise en Suisse ne partagent pas les définitions des causes des problèmes de scolarité des jeunes portugais telles que décrites dans les documents de la CDIP. De même, ils s'étonnent du manque de propositions concrètes pour résoudre le problème des élèves.
Enfin, la communauté portugaise, très fière des nombreux travailleurs portugais qui ont beaucoup contribué au développement économique et social de la Suisse, informe les responsables de la CDIP que leur communauté compte aujourd'hui de nombreux professeurs universitaires, cadres supérieurs, entrepreneurs, médecins, syndicalistes, politiciens, etc. Elle souhaite recevoir des excuses de la part de la CDIP et voir des mesures concrètes pour résoudre les problèmes de ses jeunes se mettre en place.

Signataires

3 nov. 2007

Crónica de Alberto Matos

Município menos participado

Há pouco mais de um ano, em crónica neste mesmo espaço, fiz questão de saudar a Câmara de Beja por ter lançado a iniciativa “Município Participado”, no cumprimento do programa eleitoral da CDU – neste ponto convergente com o programa que, em nome do BE, apresentámos às cidadãs e aos cidadãos do nosso concelho. Esta postura veio romper com a do anterior executivo CDU que respondia com “um silêncio ensurdecedor” sempre que alguém falava em orçamento participado.

Sendo a primeira experiência, todos temos muito a aprender nesta caminhada de aprofundamento da democracia participativa. O ano passado questionou-se o carácter demasiado genérico do inquérito que devia ter sido enviado a todos os domicílios, junto com o Boletim Municipal; mas, pelos vistos, houve uma falha da empresa encarregada da distribuição e o número de inquéritos recolhidos pouco ultrapassou os mil. Apesar de tudo, é um número com significado estatístico, pelo que continuamos a aguardar a divulgação e interpretação dos dados, a partir dos quais será possível extrair conclusões que ajudem a delinear as prioridades do município e até para reformular futuros inquéritos.

Há um ano considerei que começar em Setembro era tarde, pois a proposta final de orçamento foi às sessões de Câmara e Assembleia Municipal, no final de Novembro. E sugeri que, de futuro, este processo se iniciasse em Abril ou Maio, de forma a permitir duas rondas de reuniões: uma primeira em que o executivo apresentasse as várias opções em jogo, face às previsões financeiras; e uma segunda, já depois de recolhidas as sugestões e propostas das várias assembleias populares, em que será discutida uma versão aproximada da proposta final de orçamento, submetendo-a à opinião e à crítica públicas. A decisão final caberá sempre aos eleitos, que por ela assumem a responsabilidade política. Mas, assim, o orçamento e o plano de actividades serão muito mais ricos e concretos.

Passado um ano, o mínimo que posso dizer é que evolução foi decepcionante. Em vez de antecipar o processo, as reuniões só começaram em Outubro – na Assembleia Municipal de 24 de Setembro tive oportunidade de manifestar estranheza pelo atraso e pela falta de informação. Em termos de participação houve um recuo, logo a partir da primeira reunião que, tal como em 2006, decorreu em Baleizão. Nas freguesias rurais a quebra foi menos nítida, pois a presença do Presidente e dos vereadores é sempre motivo de atracção e para apresentar reclamações. Mas o formato assemelha-se a “um comício” da maioria CDU, agora alargada ao vereador “conquistado” ao PS, sobretudo por culpa dos vereadores da oposição que primam pela ausência a estas sessões públicas.

Na cidade, em vez das quatro reuniões por freguesias que, em 2006, registaram 86 presenças, este ano optou-se por duas sessões temáticas, a 17 e 19 de Outubro. A primeira, no ginásio da Escola do Salvador, contou com 15 pessoas, para além dos vereadores, técnicos da autarquia e presidentes das Juntas de Freguesia urbanas. Os técnicos começaram por apresentar, o melhor que puderam, os projectos do município que aguardam financiamento do QREN 2007-2013. Depois foram colocadas perguntas ao executivo, mas o clima esteve frio… por falta de calor humano!

Dois dias depois, ainda pior: se em 2006 o salão da Cooperativa “Lar para Todos” estava composto, este ano registou 11 presenças. Foram finalmente apresentadas algumas conclusões do inquérito de 2006 e as respostas da Câmara deu às prioridades apontadas pelos munícipes: arruamentos, arranjos paisagísticos e recolha de resíduos sólidos, com a componente cada vez maior da reciclagem. Pena que esta apresentação não fosse bem divulgada, o que ajudaria a interessar as pessoas: na cidade quase ninguém soube da realização destas duas sessões. E se os meios próprios (ou contratados) de divulgação da Câmara são inoperantes, bastaria um simples mailing dos Correios!

Perante esta realidade, não aceitemos conclusões conformistas como “as pessoas não querem saber nem participar”, visando passar a certidão de óbito a um processo que, em Beja, acabou de nascer. De imediato urge apresentar as conclusões do inquérito de 2006, antes de distribuir o inquérito de 2007 a todos os domicílios do concelho – pois os que foram divulgados (e respondidos) a partir das sessões são em número diminuto. E, nos primeiros meses de 2008, é preciso que os eleitos locais se empenhem na convocação e divulgação destas sessões e sejam capazes de ouvir as populações. Até prova em contrário, continuo a acreditar nas palavras do presidente da Câmara, Francisco Santos: “as pessoas têm uma noção das prioridades, dos problemas e das soluções que, por vezes, nem nos passava pela cabeça”.

O município participado não é, nem pode ser, exclusivo de nenhum partido.


Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 23/10/2007

Citoyenneté

Élections Municipales 2008 :
Campagne de citoyenneté auprès des européens.

Élections Municipales 2008

1. Constats :

1. En France

Le nombre de ressortissants européens inscrits sur les listes complémentaires des mairies pour les élections municipales et européennes est très faible :

Nous allons prendre la communauté portugaise comme exemple car :

* c’est la plus présente en France
* c’est celle dont nous avons les chiffres les plus récents
* Notre réseau se compose de 850 associations, 35 radios locales, 3 TV, 15 consulats.

63 374 personnes sur les 472 320 portugais « mononationaux » en France sont inscrits sur les listes complémentaires, ce qui représente 13.4 % des ressortissants portugais.

Lors des dernières élections municipales en 2001, sur les 991 ressortissants européens candidats, 389 étaient des ressortissants portugais. Sur les 204 ressortissants européens élus, 83 étaient des mononationaux portugais.Les départements comptant le plus de ressortissants portugais inscrits sur les listes complémentaires :
1. 94 -Le Val de Marne (5 481 inscrits)
2. 92 -Les Hauts de Seine (4 495)
3. 91 -L’Essonne (4 393)
4. 93 -La Seine Saint Denis (4 271)
5. 78 -Les Yvelines (4 165)
6. 77 -La Seine et Marne (3 713)
7. 75 -Paris (3 096)
8. 95 -Le Val d’Oise (3 091)
9. 63 -Le Puy de Dôme (2 492)
10. 59 -Le Nord (1 872)

Les départements avec le plus d’élus portugais sont :
1. 77 -la Seine et Marne (40 élus)
2. 91 -l’Essonne (39)
3. 78 -les Yvelines (28)
4. 95 -le Val d’Oise (24)
5. 94 -le Val de Marne (22)
6. 93 -la Seine Saint Denis (14)
7. 45 -le Loiret (12)
8. 92 -les Hauts de Seine (11)
9. 63 -63 -le Puy de Dôme (9)
10. 79 -les Deux-Sèvres et 59 -le Nord (8)


2. L'exemple de Paris

113 250 : Électeurs européens potentiels à Paris

11 312 : Nombre de ressortissants européens inscrits sur les listes complémentaires, soit à peine 9,9 %

À Paris, les ressortissants européens sont au dernier recensement (1999) 113 250. Parmi eux, 38 455 sont des Portugais. Seulement 11 312 européens sont inscrits sur les listes complémentaires dont 3 096 portugais.

Du coté des mairies, seulement deux conseillers municipaux ayant la double nationalité franco-portugaise ont été élus en 2001. Un chiffre très faible si l’on considère que les portugais sont la première communauté européenne de la capitale.

A noter que pour les élections municipales de 2001, dans les 5ème, 9ème et 12ème arrondissements, l’écart entre deux listes se résumait à quelques centaines de voix.

Les arrondissements où résident le plus de Portugais :

1. 16ème (4 873)
2. 17ème (4 060)
3. 15ème (3 952)
4. 18ème (2 907)
5. 11ème (2 275)
6. 14ème (2 205)

Les arrondissements accueillant le plus d’européens :
1. 16ème (12 619)
2. 15ème (10 780)
3. 17ème (9743)
4. 18ème (9 391)
5. 11ème (8 146)
6. 20ème (7 108)


2. La CCPF

La Coordination des Collectivités Portugaises de France, tête de réseau et centre de ressources au service de la lusophonie en France, comme structure oeuvrant à la divulgation de la cause européenne, anime une campagne citoyenne de mobilisation des structures européennes en France dont celles des ressortissants européens.

Ses objectifs :

1. Sensibiliser TOUS les européens notamment en invitant les associations de ressortissants européens à développer ou relayer la campagne de la CCPF (structures italiennes, espagnoles, britanniques, allemandes, belges, polonaises, danoises, grecques.)
2. Œuvrer au sein du réseau franco-portugais (associations, entreprises, médias, institutions publiques et privées) et auprès des mairies (notamment auprès des 318 élus portugais ou français portugais de France.

D’où une campagne en 4 phases :

* Présentation des institutions françaises, portugaises et européennes ainsi que les fonctions de Maire, Député, Sénateur, Président (2006)
* Campagne d’incitation au vote pour les élections présidentielles et législatives (2007)
* Municipales 2008, 1ére partie : « Dans ma ville, je m’inscris » - sensibilisation des citoyens européens à l’inscription sur les listes complémentaires (avant le 31 décembre 2007)
* Municipales 2008 : « Dans ma ville, je vote » lutte contre l’abstention et incitation au vote (les 9 et 16 mars 2008)

Avec comme objectif final avoué d’augmenter considérablement le nombre d’inscrits sur les listes, le nombre de candidats ressortissants européens puis le nombre d'élus.


3. Que fait la CCPF entre novembre et décembre 2007 ?

Aujourd’hui, avec un budget limité de 7500€, la CCPF propose une campagne développée autour de :

o Une affiche
o Un dépliant informatif
o Un site Internet avec une page citoyenne (www.ccpf.info/citoyennete/municipales2008.html) et compteur évolutif du nombre d’inscrits sur les listes complémentaires
o Une newsletter
o Un spot TV et un spot RADIO pour les médias lusophones de France
o Des communiqués de presse réguliers annonçant l’évolution de la situation
o Des actions sur le terrain avec les mairies et les associations
o Et surtout une semaine d’action du 1er au 8 décembre, entre la journée mondiale de lutte contre le Sida (1er décembre) et le Téléthon (7 et 8 décembre), pour mobiliser au maximum les européens moins d’un mois avant la clôture des inscriptions.

Note : deux compteurs pour deux chiffres :

1. les derniers chiffres du ministère de l’intérieur indiquaient, en octobre 2007, 63 374 portugais « mononationaux » inscrits sur les listes électorales complémentaires.
2. Dans le cadre de sa campagne de citoyenneté, la CCPF va recevoir des informations venant des associations, des mairies et du public en général, qui vont permettre d’alimenter le compteur de progression des inscriptions de ressortissants portugais sur les listes électorales complémentaires, jusqu’au 31 décembre 2007.

Documents accessibles :

* Affiche
* Dépliant
* Communiqués de presse
* Tableaux détaillés avec les chiffres mentionnés
*
Interview de Bertrand Delanoë lors de la 4ème Rencontre Nationale des Associations Portugaises de France le 20 octobre 2007 (Source CLPTV) (www.ccpf.info/citoyennete/municipales2008.html)

Présentation de la CCPF:

Au service des associations, La Coordination des Collectivités Portugaises de France (CCPF), centre de ressources et tête de réseau, aide les structures de leur création au nécessaire développement de projets.

La CCPF développe ses actions autour de différents axes :

* Appui aux associations : divulgation d’événements, contacts, aide à la recherche de financements, prêt d’expositions, etc.
* Projets Culturels : Festival Tous en Scène (Théâtre, Musique, Contes, Cinéma), Rencontre Nationale d’Associations Portugaises et Lusophones de France, Folkbastille etc.), divulgation de la Lusophonie.
* Jeunesse : Rencontre Européenne de Jeunes Lusodescendants.
* Histoire de l’immigration et transmission de la Mémoire.
* Information et défense des consommateurs au travers des associations sur les thématiques: retraite, fiscalité, loisirs, services.
* Citoyenneté : défense de la langue, sensibilisation à la participation citoyenne, accès aux droits et lutte contre les discriminations.
* Informations générales: www.ccpf.info


Sources :

* Ambassade du Portugal
* Ministère de l’intérieur
* Presse générale
* INSEE

Partenaires :

Ministère de la Jeunesse – ACSE – Région Île De France – Mairie de Paris – RTP Internacional – CLPTV – Luso.fr – CAPMag – Radio Alfa

Informations :
Marie-Hélène VIEIRA – CCPF
01 44 62 05 04
mh.vieira@ccpf.info
www.ccpf.info

1 nov. 2007

Pouvoir d'achat


In Charlie Hebdo, 31 octobre 2007

Canção do desterro (Emigrantes)

Vieram cedo
Mortos de cansaço
Adeus amigos
Não voltamos cá
O mar é tão grande
E o mundo é tão largo
Maria Bonita
Onde vamos morar

Na barcarola
Canta a Marujada
- O mar que eu vi
Não é como o de lá
E a roda do leme
E a proa molhada
Maria Bonita
Onde vamos parar

Nem uma nuvem
Sobre a maré cheia
O sete-estrelo
Sabe bem onde ir
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos cair

A beira de água
Me criei um dia
- Remos e velas
La deixei a arder
Ao sol e ao vento
Na areia da praia
Maria Bonita
Onde vamos viver

Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
que foi e não veio
Maria Bonita
Onde vamos morar

Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar

Vinham de longe
Todos o sabiam
Não se importavam
Quem os vinha ver
E a velha teimava
E a velha dizia
Maria Bonita
Onde vamos morrer

José Afonso, in Textos e Canções, Assirio & Alvim, 1983