23 mai 2008

56 voos para Guantanamo!

Ah! É! Não têm nenhuma lição a receber de ninguém acerca dos direitos do Homem?

Tenho vergonha do Governo do meu país!

9 mai 2008

08-Mai-2008
Plantação de arroz no Japão. Foto de wazdog, FlickRO presidente do Banco Mundial afirmou que a crise alimentar vai durar pelo menos até 2015, devido à manutenção em alta dos preços dos cererais. Robert Zoellick considera que é urgente alterar as politicas de produção alimentar, sugerindo a utilização de uma nova geração de biocombustíveis a partir da celulose e a criação de um fundo de emergência de 750 milhões de dólares para suprir as necessidades dos países mais afectados pela crise.

Em declarações feitas na capital do México, Robert Zoellick afirmou que espera "uma resposta por parte da oferta que vá reduzindo um pouco os preços entre 2009 e 2010, mas em termos gerais sentimos que os preços se vão manter altos até 2015". E acrescentou que será muito difícil voltar ao nível de preços existentes em 2004.

O Presidente do Banco Mundial desafiou os países a procurarem uma nova geração de biocombustíveis, com materiais procedentes da celulose.

Zoellick destacou ainda que o Banco Mundial convocou todos os países-membros a estabelecer um fundo de emergência de 750 milhões de dólares para apoiar as nações com problemas de abastecimento alimentar.

In Esquerda.net

Violência na escola

O problema da violência nas escolas portuguesas, que vem agora a ser notícia nos medias em Portugal não é de agora: já existe há bastantes anos, que o digam certos amigos professores!
Aqui em França, ainda é mais antigo, quotidiano e grave...

Mas como explicar a violência cada vez mais precoce nos jovens ocidentáis?
Muitas hipóteses são avançadas, nenhuma solução parece viável.

Quanto a mim, parece-me que a violência é filha da ideologia dominante - o Capitalismo e a Globalização ultra-liberal, sua arma de destruição maciça. Este sistema produz uma sociedade violenta e injusta com consequências mortíferas para os mais frágeis, que não pode deixar de influenciar os mais jóvens.
Uma solução? Combater aqueles que nos impõem este mundo, porque ainda acredito na conscientização da malta, porque sem deveras ser muito cândido, ainda acredito que outro mundo é possível...

We feed the world - Le marché de la faim



Un film documentaire d'Erwin Wagenhofer

Maio, maduro Maio




Zeca Afonso - Maio Maduro Maio

Partida

Ainda estou de férias, mas a minha malta - sobrinho, irmão e cunhada - já foram para o Algarve depois de uns 15 dias aqui em terras gaulesas, deixando atrás deles imensas saudades...

(Estivemos em Montmartre e - obviamente - na Torre Eiffel, e gostava de meter aqui duas fotos, mas não consigo colocar imagens no Blogger há uma data de tempo, já estou farto!
Estou quase a vazar daqui com o Blog!)

8 mai 2008

"Como a toupeira"

Há qualquer coisa de obsceno nos ecos mediáticos — e, sobretudo, televisivos — suscitados pela passagem dos 20 anos sobre a morte de José Afonso (2 Agosto 1929 - 23 Fevereiro 1987). Não se trata de recusar o seu lugar na história da música popular portuguesa do século XX (de uma importância, a meu ver, apenas igualada por figuras como Amália Rodrigues). Muito menos se pretende pôr em causa a sinceridade emocional e a riqueza histórica de muitas evocações que, nos últimos dias, têm surgido nos mais diversos órgãos de informação. Permito-me, aliás, sublinhar o trabalho de inventariação e divulgação da(s) memória(s) desenvolvido pela Associação José Afonso, com prolongamentos muito interessantes no respectivo blog.
O que está em causa é de outra natureza. E decorre do próprio labor de apagamento e normalização que os valores dominantes no espaço mediático têm imposto ao país. Assim, José Afonso (como muitas outras referências da nossa história cultural) está longe de ser um nome com uma presença regular no nosso quotidiano. Bem pelo contrário: a cultura dominante vive de uma banalização de todas as formas de consumo que, seja qual for a visibilidade que ciclicamente confere a determinadas obras, tende a favorecer atitudes de alheamento, indiferença e até desprezo em relação a tudo que envolva algum valor patrimonial. Daí a obscenidade destes dias: as televisões que programam horas infinitas de telenovelas (não exactamente com bandas sonoras de José Afonso...) e celebram a demagogia imediatista dos reality shows, são essas mesmas televisões que põem os seus pivots, com rostos muito graves e palavras muito oficiais, a exaltar as virtudes de José Afonso e da sua música... Algo soa a falso.
A situação agrava-se através da própria "politização" que, declaradamente ou não, tende a envolver a herança de José Afonso. Entendamo-nos: não há cantor mais político que José Afonso. Mas é um erro fulcral — isto é, cultural — pretender transformá-lo em peça incauta dos jogos florais da classe política, por exemplo com a esquerda a querer fazer dele uma bandeira sua, ou a direita a tentar reduzi-lo a coisa abstracta e liofilizada.
O drama de tudo isto não é, repare-se, que José Afonso possa suscitar visões controversas ou até grandes clivagens ideológicas ou culturais. O drama enraiza-se num ambiente — cultural, mediático, televisivo — que congela as nossas memórias mais genuínas para, de vez em quando, apenas por obra e graça do calendário, as tirar da cartola para promover grandes festas e pequeníssimas ideias. Não é fácil ser como a toupeira... que esburaca.


Texto retirado do blogue de Nuno Galopim e João Lopes

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