Un lieu de résistance à la marchandisation du monde et d'immenses saudades de l'Algarve
31 oct. 2007
30 oct. 2007
Blogs de interesse público
Descobri que este blog tem ligação com a Alfarrobeira: inGENEa - http://ingenea.pegada.pt
Dá explicações científicas sobre os OGM e o perigo possível da sua utilização assim como informação sobre os OGM no mundo.
Outro blog também é muito digno de interesse: GAIA - Acção e Intervenção Ambiental - http://gaia.org.pt
Dá explicações científicas sobre os OGM e o perigo possível da sua utilização assim como informação sobre os OGM no mundo.
Outro blog também é muito digno de interesse: GAIA - Acção e Intervenção Ambiental - http://gaia.org.pt
29 oct. 2007
Cortes de Cima (não resisto!)
Calendário de Eventos
03-11-2007 - Encontro com o Vinho e Sabores
Assim já não tem que sair de Lisboa para provar todos os nossos vinho. Marque no seu calendário o dia 3 de Novembro e venha-nos visitar ao "Encontro com o Vinho e Sabores" que decorrerá no Centro de Congressos de Lisboa, Junqueira de 3 a 5 de Novembro.
Procure por nós no Stand 128
09-11-2007 - ViniPax 2007 - Vinho e Sensações do Alentejo
Irá decorrer de 9 a 11 de Novembro a 1.ª Edição da Vinipax - "Vinho e Sensações do Alentejo" que terá lugar no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Não perca esta oportunidade de visitar o nosso stand, provar os nossos vinho e quem sabe trocar algumas palavras com o próprio enólogo.
Horário do Evento:
Das 10:00 às 23:00 - Dia 9 e 10 (Sexta-feira e Sábado)
Das 10:00 às 21:00 - Dia 11 (Domingo)
08-12-2007 - Almoço de Natal Dinamarquês e Prova de Vinhos
Organize uma saída de fim-de-semana no Alentejo, no início de Dezembro e entre no espírito de Natal!
O Chefe, Bjarne Otto, irá servir um bufete tradicional Dinamarquês de Natal, que será acompanhado com um copo de vinho, ao mesmo tempo que vai apreciando a paisagem de inverno da nossa vinha.
Também estaremos a servir os outros vinhos que estarão à venda na loja. A nossa loja estará aberta se quiser levar uma excelente prenda de natal para casa.
Preço: 60 € (crianças: <10 anos grátis; entre 10-20 anos 20 €), inclui almoço Bufete, Vinhos, Águas e Café servidos entre as 13:00-16:00 horas.
Pagamento: efectuado por transferência bancária ou então por cheque em nome de Casa Agrícola Cortes de Cima, até dia 01 de Dezembro.
Lugares limitados! Para reservar, o seu lugar, contactar a Patricia por telefone 284 460 060 ou por e-mail para admin@cortesdecima.pt .
Menu de Natal Dinamarquês
Sortido de arenques de escabeche
‘Gravad Laks’ com molho de mostarda
Filetes de peixe frito com remoulade
Almôndegas de porco Dinamarquesas com salada de pepino
Pasta de fígado caseira com cogumelos e bacon
Porco assado com couve roxa
Sortido de queijos e fruta
Pudim de arroz e amêndoa com molho de cereja (Riz à l’amande)
Vinhos
Chaminé
Cortes de Cima
Syrah
Trincadeira
Aragonez
Hans Christian Andersen
Reserva
In www.cortesdecima.pt
03-11-2007 - Encontro com o Vinho e Sabores
Assim já não tem que sair de Lisboa para provar todos os nossos vinho. Marque no seu calendário o dia 3 de Novembro e venha-nos visitar ao "Encontro com o Vinho e Sabores" que decorrerá no Centro de Congressos de Lisboa, Junqueira de 3 a 5 de Novembro.
Procure por nós no Stand 128
09-11-2007 - ViniPax 2007 - Vinho e Sensações do Alentejo
Irá decorrer de 9 a 11 de Novembro a 1.ª Edição da Vinipax - "Vinho e Sensações do Alentejo" que terá lugar no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Não perca esta oportunidade de visitar o nosso stand, provar os nossos vinho e quem sabe trocar algumas palavras com o próprio enólogo.
Horário do Evento:
Das 10:00 às 23:00 - Dia 9 e 10 (Sexta-feira e Sábado)
Das 10:00 às 21:00 - Dia 11 (Domingo)
08-12-2007 - Almoço de Natal Dinamarquês e Prova de Vinhos
Organize uma saída de fim-de-semana no Alentejo, no início de Dezembro e entre no espírito de Natal!
O Chefe, Bjarne Otto, irá servir um bufete tradicional Dinamarquês de Natal, que será acompanhado com um copo de vinho, ao mesmo tempo que vai apreciando a paisagem de inverno da nossa vinha.
Também estaremos a servir os outros vinhos que estarão à venda na loja. A nossa loja estará aberta se quiser levar uma excelente prenda de natal para casa.
Preço: 60 € (crianças: <10 anos grátis; entre 10-20 anos 20 €), inclui almoço Bufete, Vinhos, Águas e Café servidos entre as 13:00-16:00 horas.
Pagamento: efectuado por transferência bancária ou então por cheque em nome de Casa Agrícola Cortes de Cima, até dia 01 de Dezembro.
Lugares limitados! Para reservar, o seu lugar, contactar a Patricia por telefone 284 460 060 ou por e-mail para admin@cortesdecima.pt .
Menu de Natal Dinamarquês
Sortido de arenques de escabeche
‘Gravad Laks’ com molho de mostarda
Filetes de peixe frito com remoulade
Almôndegas de porco Dinamarquesas com salada de pepino
Pasta de fígado caseira com cogumelos e bacon
Porco assado com couve roxa
Sortido de queijos e fruta
Pudim de arroz e amêndoa com molho de cereja (Riz à l’amande)
Vinhos
Chaminé
Cortes de Cima
Syrah
Trincadeira
Aragonez
Hans Christian Andersen
Reserva
In www.cortesdecima.pt
28 oct. 2007
17 oct. 2007
Journée Mondiale contre la misère
Crónica de Alberto Matos
Das Astúrias…só os mineiros!
Beja viveu ontem um dia anormal. A circulação automóvel esteve cortada no centro da cidade, num grande anel que ia do Hospital Velho ao Balneário, passando pelo Largo dos Correios e por trás do Jardim Público. Não era o Dia sem Carros que, aliás, tem caído em desuso, nem se tratava de devolver a rua aos peões. De tanta fartura, o pobre desconfia, dizia uma mulher nas Portas de Mértola… E, em cada esquina deste vasto perímetro, um polícia. Era a visita oficial dos “príncipes das Astúrias”, Felipe e Letícia, arrastando consigo a histeria securitária que sempre os acompanha e se vem reforçando, com o crescer da contestação à monarquia em Espanha.
Protocolo de Estado ou mera cortesia, dirão alguns. No exercício do direito ao contraditório, dedico esta crónica a todos os bejenses que não se revêem na comédia real que teve lugar nas imediações da Praça da República, nem na entrega da chave de ouro da cidade aos últimos representantes da dinastia de Bourbon, com um enorme rasto de despotismo por quase todas as cortes europeias. Este gesto não honra a cidade, nem o presidente PCP da Câmara Municipal, nem o cidadão que estava ao seu lado e ocupa, provisoriamente (é assim na República!), a chefia do Estado português.
Esta visita dos Bourbon ao Alentejo foi justificada pela entrega do prémio “Ponte de Alcântara” ao empreendimento de Alqueva, “distinguindo a competência da engenharia portuguesa e os poderes públicos” que o executaram. Um bom pretexto, dirão. Infelizmente, Sua Alteza não pediu desculpa pelo facto de a nascente dos Olhos do Guadiana, a 800 Km da foz, estar seca devido à existência de 60 mil furos clandestinos, donde são extraídos 1200 hectómetros cúbicos de água – 93% dos quais utilizados na agricultura de regadio intensivo. E os agrários espanhóis estão a praticar, no perímetro de Alqueva, o mesmo regadio intensivo, aproveitando a quota portuguesa do azeite, entre outras.
Este alerta não tem nada de nacionalista: é claro que o desenvolvimento sustentável é um combate global e, neste caso, deve ser travado conjuntamente dos dois lados da fronteira. Aliás, foram as ONG espanholas “Ecologistas em Acção”, Greenpeace, SEO/Life e WWF/Adena que denunciaram o desastre nos aquíferos subterrâneos de Castela-La Mancha, no Alto Guadiana: a extracção maciça de água para rega interrompeu o caudal normal do rio na província de Ciudad Real e as primeiras águas que este recebe são originárias do afluente Bullaque, a mais de 120 Km da nascente original. E o desastre prolonga-se até Badajoz – cidade com mais de 150 mil habitantes, cujos esgotos são despejados na albufeira de Alqueva quase sem tratamento. A situação é tão grave que o Ministério do Ambiente espanhol já deu instruções à Confederação Hidrográfica do Guadiana para travar a captação de água dos aquíferos subterrâneos. Resta saber se, no âmbito do Convénio Luso-Espanhol, o governo português vai manter a tradicional posição de vénia face a Madrid.
Em Alqueva, Felipe de Bourbon discursou sobre a urgência de “lançar novas pontes” entre os dois países, mas calou-se sobre a arrogância espanhola em relação às obras da velha Ponte da Ajuda. Como já não estamos em época de “conquistas e reconquistas”, uma dessas pontes pode e deve ser Olivença, travando a ameaça de exterminação da língua portuguesa, agravada pelo franquismo com a sua proibição na escola pública e prosseguida até hoje. Mas há sinais encorajadores, como alguma abertura recente das autoridades locais, bem como o interesse de jovens oliventinos em redescobrir as suas raízes histórico-culturais portuguesas e alentejanas. Que Portugal não tenha vergonha de colocar o problema diplomático, assim como Espanha não a tem em relação a Gibraltar.
Voltando à monarquia e aos Bourbon, decapitados pela Revolução Francesa em nome da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade: a História já provou à saciedade que, se é altamente improvável a um rei estadista suceder outro estadista, é bem provável que a um imbecil suceda outro imbecil. Até em Inglaterra a monarquia está em crise, utilizando ou destruindo (se for caso disso), “princesas do povo” como Diana ou Letícia. E, se à boleia de um Saramago, passou pela cabeça do príncipe das Astúrias ser o “nosso” Filipe IV, é melhor ir tirando o cavalinho da chuva! Até porque a contestação à sua monarquia nunca foi tão grande, sobretudo nos jovens, da Catalunha à Andaluzia, da Galiza a Euskadi e ao coração de Madrid. Em memória dos mártires da República e dos revolucionários garroteados há 32 anos, no último suspiro de Franco: “España, manãna, será republicana!”.
Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 16/10/2007
Beja viveu ontem um dia anormal. A circulação automóvel esteve cortada no centro da cidade, num grande anel que ia do Hospital Velho ao Balneário, passando pelo Largo dos Correios e por trás do Jardim Público. Não era o Dia sem Carros que, aliás, tem caído em desuso, nem se tratava de devolver a rua aos peões. De tanta fartura, o pobre desconfia, dizia uma mulher nas Portas de Mértola… E, em cada esquina deste vasto perímetro, um polícia. Era a visita oficial dos “príncipes das Astúrias”, Felipe e Letícia, arrastando consigo a histeria securitária que sempre os acompanha e se vem reforçando, com o crescer da contestação à monarquia em Espanha.
Protocolo de Estado ou mera cortesia, dirão alguns. No exercício do direito ao contraditório, dedico esta crónica a todos os bejenses que não se revêem na comédia real que teve lugar nas imediações da Praça da República, nem na entrega da chave de ouro da cidade aos últimos representantes da dinastia de Bourbon, com um enorme rasto de despotismo por quase todas as cortes europeias. Este gesto não honra a cidade, nem o presidente PCP da Câmara Municipal, nem o cidadão que estava ao seu lado e ocupa, provisoriamente (é assim na República!), a chefia do Estado português.
Esta visita dos Bourbon ao Alentejo foi justificada pela entrega do prémio “Ponte de Alcântara” ao empreendimento de Alqueva, “distinguindo a competência da engenharia portuguesa e os poderes públicos” que o executaram. Um bom pretexto, dirão. Infelizmente, Sua Alteza não pediu desculpa pelo facto de a nascente dos Olhos do Guadiana, a 800 Km da foz, estar seca devido à existência de 60 mil furos clandestinos, donde são extraídos 1200 hectómetros cúbicos de água – 93% dos quais utilizados na agricultura de regadio intensivo. E os agrários espanhóis estão a praticar, no perímetro de Alqueva, o mesmo regadio intensivo, aproveitando a quota portuguesa do azeite, entre outras.
Este alerta não tem nada de nacionalista: é claro que o desenvolvimento sustentável é um combate global e, neste caso, deve ser travado conjuntamente dos dois lados da fronteira. Aliás, foram as ONG espanholas “Ecologistas em Acção”, Greenpeace, SEO/Life e WWF/Adena que denunciaram o desastre nos aquíferos subterrâneos de Castela-La Mancha, no Alto Guadiana: a extracção maciça de água para rega interrompeu o caudal normal do rio na província de Ciudad Real e as primeiras águas que este recebe são originárias do afluente Bullaque, a mais de 120 Km da nascente original. E o desastre prolonga-se até Badajoz – cidade com mais de 150 mil habitantes, cujos esgotos são despejados na albufeira de Alqueva quase sem tratamento. A situação é tão grave que o Ministério do Ambiente espanhol já deu instruções à Confederação Hidrográfica do Guadiana para travar a captação de água dos aquíferos subterrâneos. Resta saber se, no âmbito do Convénio Luso-Espanhol, o governo português vai manter a tradicional posição de vénia face a Madrid.
Em Alqueva, Felipe de Bourbon discursou sobre a urgência de “lançar novas pontes” entre os dois países, mas calou-se sobre a arrogância espanhola em relação às obras da velha Ponte da Ajuda. Como já não estamos em época de “conquistas e reconquistas”, uma dessas pontes pode e deve ser Olivença, travando a ameaça de exterminação da língua portuguesa, agravada pelo franquismo com a sua proibição na escola pública e prosseguida até hoje. Mas há sinais encorajadores, como alguma abertura recente das autoridades locais, bem como o interesse de jovens oliventinos em redescobrir as suas raízes histórico-culturais portuguesas e alentejanas. Que Portugal não tenha vergonha de colocar o problema diplomático, assim como Espanha não a tem em relação a Gibraltar.
Voltando à monarquia e aos Bourbon, decapitados pela Revolução Francesa em nome da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade: a História já provou à saciedade que, se é altamente improvável a um rei estadista suceder outro estadista, é bem provável que a um imbecil suceda outro imbecil. Até em Inglaterra a monarquia está em crise, utilizando ou destruindo (se for caso disso), “princesas do povo” como Diana ou Letícia. E, se à boleia de um Saramago, passou pela cabeça do príncipe das Astúrias ser o “nosso” Filipe IV, é melhor ir tirando o cavalinho da chuva! Até porque a contestação à sua monarquia nunca foi tão grande, sobretudo nos jovens, da Catalunha à Andaluzia, da Galiza a Euskadi e ao coração de Madrid. Em memória dos mártires da República e dos revolucionários garroteados há 32 anos, no último suspiro de Franco: “España, manãna, será republicana!”.
Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 16/10/2007
13 oct. 2007
11 oct. 2007
Zone libre d'OGM
OGM – Não, obrigado!
A “acção directa” de dezenas de apoiantes do movimento “Verde Eufémia” contra a plantação de milho transgénico, no concelho de Silves, trouxe à luz da opinião pública portuguesa, com o tradicional atraso, um problema que mobiliza cidadãos e governos de vários países e continentes. A direita política e ideológica, naturalmente, colocou a defesa da “sacrossanta” propriedade privada acima de tudo, como se a propriedade – ainda por cima dum bem finito como é a terra – não devesse estar subordinada à função social que ela desempenha… ou deveria desempenhar.
O governo Sócrates e o seu ministro da Agricultura, Jaime Silva, afinam pelo mesmo diapasão. Na ânsia de mostrar serviço, apressaram-se a colar a acção do “Verde Eufémia” um rótulo partidário – o que, além de manipulador, é manifestamente falso e redutor. Independentemente das apreciações sobre o alvo escolhido, a forma e os meios utilizados que têm a marca própria dos promotores, é óbvio que a direita e o “centrão” querem sobretudo evitar uma discussão séria e aprofundada sobre os transgénicos, não apenas do ponto de vista ambiental e da saúde pública, mas também em termos de autodeterminação dos produtores agrícolas e de soberania alimentar.
Entretanto, pela calada, os OGM vão ganhando espaço, impõem-se como facto consumado e podem vir a transformar-se numa verdadeira praga. A Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural anotou a existência em Portugal de 163 explorações de milho transgénico, num total de 4200 hectares. A área de cultivo de OGM quadruplicou entre 2006 e 2007, tendo o Alentejo uma triste liderança deste tipo de culturas, com quase 2400 hectares de milho geneticamente modificado.
No recente debate sobre Alqueva, realizado em Moura, com base na experiência de luta do MST no Brasil, Alípio de Freitas denunciou os transgénicos, “como um assalto ao património de todos os povos que desenvolveram sementes ao longo dos tempos. Mais: “com os transgénicos, as sementes guardadas não se reproduzem; é preciso comprá-las todos os anos, em ‘kits’ que incluem herbicidas e insecticidas exclusivos”. As transnacionais do sector monopolizam as produções e vendem a preços baixíssimos, arruinando os produtores tradicionais do terceiro mundo – um efeito paradoxal para quem se propõe acabar com a fome. Além disso, como os transgénicas quase não requerem mão-de-obra e pagam “imposto” ao dono da patente, colocam os agricultores e os países na sua progressiva dependência – caso das plantações de soja no Brasil.
Não é impunemente que, em Maio deste ano, o governo alemão baniu a venda para sementeira do milho “Mon 810”, até então autorizado. Ao exigir à empresa comercializadora – Monsanto – um plano de monitorização e impacto ambiental, o governo alemão congelou de facto as novas culturas OGM. A 21 de Setembro o ministro do ambiente francês declarou que, não sendo possível controlar a disseminação de OGM é inadmissível correr riscos, congelando a venda de sementes OGM. A França pode juntar-se à Alemanha, Polónia, Áustria e Grécia e Hungria, no conjunto dos países europeus que baniram o cultivo de sementes transgénicas.
É este princípio da precaução que orienta o projecto de Resolução apresentado pelo BE na AR, propondo uma moratória de três anos sobre o cultivo de sementes que contendo OGM. A precaução justifica-se plenamente, dada a permissividade do governo Sócrates: ao autorizar a plantação de milho transgénico em Silves, nos termos da Portaria 904/2006, o Ministério da Agricultura desprezou diversas assembleias municipais da região e a própria Assembleia Metropolitana que tinha declarado o Algarve “zona livre de OGM”, em Abril de 2007.
No Alentejo, a mesma atitude de precaução impõe-nos seguir os bons exemplos. Há pelo menos um concelho – Odemira – cuja Assembleia Municipal já se declarou como “zona livre de transgénicos”; resta saber se esta declaração é respeitada na vasta área de regadio da barragem de Santa Clara. Por maioria de razão, na zona de influência de Alqueva e nos perímetros de rega do Alentejo, impõe-se que as autarquias promovam uma discussão pública participada sobre os OGM, capaz de mobilizar os mais diversos sectores: escolas, profissionais de saúde, agricultores, ambientalistas, etc.
De imediato, devem ser identificadas as explorações agrícolas que já utilizam OGM, sendo as suas consequências estudadas e monitorizadas. Na conclusão deste vasto processo de maturação cívica e ambiental, cada assembleia municipal deverá pronunciar-se sobre o cultivo de OGM; e, se for essa a vontade dos órgãos deliberativos dos 47 municípios, o Alentejo declarar-se-á “zona livre de transgénicos”. A experiência do Algarve mostra que só um processo participativo de grande envergadura poderá tornar esta declaração efectiva e não meramente simbólica, forçando o governo a revogar absurdos legislativos com a portaria 904/2006.
Queremos o ALENTEJO LIVRE DE TRANSGÉNICOS. Para valer e antes que seja tarde!
Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 09/10/2007
A “acção directa” de dezenas de apoiantes do movimento “Verde Eufémia” contra a plantação de milho transgénico, no concelho de Silves, trouxe à luz da opinião pública portuguesa, com o tradicional atraso, um problema que mobiliza cidadãos e governos de vários países e continentes. A direita política e ideológica, naturalmente, colocou a defesa da “sacrossanta” propriedade privada acima de tudo, como se a propriedade – ainda por cima dum bem finito como é a terra – não devesse estar subordinada à função social que ela desempenha… ou deveria desempenhar.
O governo Sócrates e o seu ministro da Agricultura, Jaime Silva, afinam pelo mesmo diapasão. Na ânsia de mostrar serviço, apressaram-se a colar a acção do “Verde Eufémia” um rótulo partidário – o que, além de manipulador, é manifestamente falso e redutor. Independentemente das apreciações sobre o alvo escolhido, a forma e os meios utilizados que têm a marca própria dos promotores, é óbvio que a direita e o “centrão” querem sobretudo evitar uma discussão séria e aprofundada sobre os transgénicos, não apenas do ponto de vista ambiental e da saúde pública, mas também em termos de autodeterminação dos produtores agrícolas e de soberania alimentar.
Entretanto, pela calada, os OGM vão ganhando espaço, impõem-se como facto consumado e podem vir a transformar-se numa verdadeira praga. A Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural anotou a existência em Portugal de 163 explorações de milho transgénico, num total de 4200 hectares. A área de cultivo de OGM quadruplicou entre 2006 e 2007, tendo o Alentejo uma triste liderança deste tipo de culturas, com quase 2400 hectares de milho geneticamente modificado.
No recente debate sobre Alqueva, realizado em Moura, com base na experiência de luta do MST no Brasil, Alípio de Freitas denunciou os transgénicos, “como um assalto ao património de todos os povos que desenvolveram sementes ao longo dos tempos. Mais: “com os transgénicos, as sementes guardadas não se reproduzem; é preciso comprá-las todos os anos, em ‘kits’ que incluem herbicidas e insecticidas exclusivos”. As transnacionais do sector monopolizam as produções e vendem a preços baixíssimos, arruinando os produtores tradicionais do terceiro mundo – um efeito paradoxal para quem se propõe acabar com a fome. Além disso, como os transgénicas quase não requerem mão-de-obra e pagam “imposto” ao dono da patente, colocam os agricultores e os países na sua progressiva dependência – caso das plantações de soja no Brasil.
Não é impunemente que, em Maio deste ano, o governo alemão baniu a venda para sementeira do milho “Mon 810”, até então autorizado. Ao exigir à empresa comercializadora – Monsanto – um plano de monitorização e impacto ambiental, o governo alemão congelou de facto as novas culturas OGM. A 21 de Setembro o ministro do ambiente francês declarou que, não sendo possível controlar a disseminação de OGM é inadmissível correr riscos, congelando a venda de sementes OGM. A França pode juntar-se à Alemanha, Polónia, Áustria e Grécia e Hungria, no conjunto dos países europeus que baniram o cultivo de sementes transgénicas.
É este princípio da precaução que orienta o projecto de Resolução apresentado pelo BE na AR, propondo uma moratória de três anos sobre o cultivo de sementes que contendo OGM. A precaução justifica-se plenamente, dada a permissividade do governo Sócrates: ao autorizar a plantação de milho transgénico em Silves, nos termos da Portaria 904/2006, o Ministério da Agricultura desprezou diversas assembleias municipais da região e a própria Assembleia Metropolitana que tinha declarado o Algarve “zona livre de OGM”, em Abril de 2007.
No Alentejo, a mesma atitude de precaução impõe-nos seguir os bons exemplos. Há pelo menos um concelho – Odemira – cuja Assembleia Municipal já se declarou como “zona livre de transgénicos”; resta saber se esta declaração é respeitada na vasta área de regadio da barragem de Santa Clara. Por maioria de razão, na zona de influência de Alqueva e nos perímetros de rega do Alentejo, impõe-se que as autarquias promovam uma discussão pública participada sobre os OGM, capaz de mobilizar os mais diversos sectores: escolas, profissionais de saúde, agricultores, ambientalistas, etc.
De imediato, devem ser identificadas as explorações agrícolas que já utilizam OGM, sendo as suas consequências estudadas e monitorizadas. Na conclusão deste vasto processo de maturação cívica e ambiental, cada assembleia municipal deverá pronunciar-se sobre o cultivo de OGM; e, se for essa a vontade dos órgãos deliberativos dos 47 municípios, o Alentejo declarar-se-á “zona livre de transgénicos”. A experiência do Algarve mostra que só um processo participativo de grande envergadura poderá tornar esta declaração efectiva e não meramente simbólica, forçando o governo a revogar absurdos legislativos com a portaria 904/2006.
Queremos o ALENTEJO LIVRE DE TRANSGÉNICOS. Para valer e antes que seja tarde!
Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 09/10/2007
7 oct. 2007
Immigration (2)
Uni(e)s contre une immigration jetable
Journée Nationale de Mobilisation
samedi 20 octobre 2007
Solidarité avec les étrangers dans une résistance réfléchie au nom des droits fondamentaux et de la dignité de la personne humaine
Une n-ième Loi sur les étrangers est dans le tuyaux parlementaires et sera soumise à l’avis du Conseil Constitutionnel ; en cinq ans, le gouvernement aura été a l’initiative de quatre Lois, de multiples décrets, circulaires et décisions administratives qui restreignent à chaque fois un peu plus les faibles droits des étrangers dans ce pays. Au nom d’une immigration dite « choisie » — pour laquelle l’être humain se limite à une chose productive — il est coupé de sa famille, qui a de plus en plus de difficultés à le rejoindre en raison des nouvelles barrières légales et administratives. Persécuté dans son pays d’origine, l’accès à l’asile lui est rendu chaque jour plus impossible. Test ADN ou pas, ce gouvernement flirte avec le racisme et la xénophobie et au final ce sont nos droits fondamentaux à toutes et à tous qui se réduisent comme peau de chagrin.
Mais la France est d’abord et avant tout dans les actions de ses habitants ! Les multiples initiatives de solidarité avec et autour de la condition d’étrangers, immigrés et sans-papiers, seront le 20 octobre au coeur de nos manifestations. Oui, il y a les parrainages des sans-papiers, il y a la mobilisation quotidienne des parents d’élèves contre les expulsions d’enfants, il y a les réactions des passants lors des rafles, il y a les initiatives des chercheurs et des universitaires, il y a le coeur du syndicalisme qui veille sur le lieu de travail et soutien les initiatives de tant de professions (assistantes sociales, inspecteurs du travail, personnels hospitaliers, pilotes de ligne…), il y a, il y a… et tout cela donne aux solidarités et à la résistance le visage de l’action. Multiples et diverses, elle prendra à Paris et en province la forme de manifestations de rue mais aussi, partout en France, des rassemblements, débats, concerts, rencontres… seront organisés.
Un pays se juge à la façon dont il accueille les étrangers !
Il se juge aussi à la manière dont ce gouvernement tente de briser le lien social et la solidarité. Ce 20 octobre sera l’occasion de donner un plus grand écho à la situation de l’instituteur marseillais Florimond Guimard « coupable » de solidarité et dont le jugement aura lieu le 22 octobre.
Signataires :
* UCIJ / Uni(e)s contre l’immigration jetable
* RESF / Réseau Education sans frontière
* CSP / Collectifs de sans papiers d’Ile de France
>> http://www.contreimmigrationjetable.org/article.php3?id_article=816
Protestos contra linhas de alta tensão
Aumenta a contestação às Linhas de Alta Tensão
04-Out-2007
O Supremo Tribunal Administrativo recusou ontem admitir o recurso da Rede Eléctrica Nacional (REN), mantendo
assim a decisão de que a REN deve desligar a linha de muito alta tensão entre Fajões e Trajouce, no concelho de Sintra.
Uma vitória que deve ser lembrada esta tarde, quando a população de Vale de Fuzeiros, concelho de Silves, se manifestar
frente às instalações da REN para protestar contra a linha de alta tensão que vai atravessar a freguesia.
No Parlamento, a deputada do Bloco Alda Macedo fez uma declaração política sobre este tema, no dia em que os
bloquistas apresentaram um projecto de lei para limitar a exposição das populações aos campos electromagnéticos.
Os habitantes desta freguesia estão a preparar uma providência cautelar para evitar a instalação desta linha. Alegam que
os riscos para a saúde existem, uma vez que a linha Portimão-Tunes vai passa muito próximo de habitações e terrenos de
cultivo e atravessar propriedades com projectos de turismo rural.
À falta de estudos sobre os efeitos para a saúde destas linhas por parte da entidade que as implementa de norte a sul do
país, o delegado de saúde pública de Guimarães afirmou ao Diário de Notícias que está a realizar um estudo
epidemiológico. Em causa está o que se passa na freguesia de Serzedelo, onde a população tem notado o aumento da
incidência de doenças do foro oncológico (76 casos detectados nos últimos 10 anos). O mesmo acontece no bairro da
Encosta de São Marcos, em Sintra, onde a Comissão de Moradores afirma que só no ano passado morreram cinco
pessoas com doenças oncológicas, tendo movido uma acção popular contra a REN com o apoio de José Sá Fernandes.
Também os moradores desta freguesia estarão presentes na manifestação promovida pelos habitantes de Vale de Fuzeiros.
www.esquerda.net
http://www.esquerda.net Produzido em Joomla! Criado em: 7 October, 2007, 13:46
04-Out-2007
O Supremo Tribunal Administrativo recusou ontem admitir o recurso da Rede Eléctrica Nacional (REN), mantendo
assim a decisão de que a REN deve desligar a linha de muito alta tensão entre Fajões e Trajouce, no concelho de Sintra.
Uma vitória que deve ser lembrada esta tarde, quando a população de Vale de Fuzeiros, concelho de Silves, se manifestar
frente às instalações da REN para protestar contra a linha de alta tensão que vai atravessar a freguesia.
No Parlamento, a deputada do Bloco Alda Macedo fez uma declaração política sobre este tema, no dia em que os
bloquistas apresentaram um projecto de lei para limitar a exposição das populações aos campos electromagnéticos.
Os habitantes desta freguesia estão a preparar uma providência cautelar para evitar a instalação desta linha. Alegam que
os riscos para a saúde existem, uma vez que a linha Portimão-Tunes vai passa muito próximo de habitações e terrenos de
cultivo e atravessar propriedades com projectos de turismo rural.
À falta de estudos sobre os efeitos para a saúde destas linhas por parte da entidade que as implementa de norte a sul do
país, o delegado de saúde pública de Guimarães afirmou ao Diário de Notícias que está a realizar um estudo
epidemiológico. Em causa está o que se passa na freguesia de Serzedelo, onde a população tem notado o aumento da
incidência de doenças do foro oncológico (76 casos detectados nos últimos 10 anos). O mesmo acontece no bairro da
Encosta de São Marcos, em Sintra, onde a Comissão de Moradores afirma que só no ano passado morreram cinco
pessoas com doenças oncológicas, tendo movido uma acção popular contra a REN com o apoio de José Sá Fernandes.
Também os moradores desta freguesia estarão presentes na manifestação promovida pelos habitantes de Vale de Fuzeiros.
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Le monde diplo du mois
** Le Monde diplomatique **
Octobre 2007
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/
_____________________________________________________
DANS CE NUMÉRO
FRANCE
* Sarkozy
par Ignacio Ramonet
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/RAMONET/15209
* Retour aux privilèges fiscaux de l'Ancien Régime,
par Liêm Hoang-Ngoc.
* Quelle autre réforme de l'impôt ? (L. H.-N.)
* L'invention des « quartiers sensibles »,
par Sylvie Tissot.
* Des chercheurs au service de l'ordre établi,
par Jean-Pierre Garnier.
* Travail, chômage, le temps du mépris,
par Noëlle Burgi.
* La gauche à reconstruire
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/A/15215
* Un autre marxisme pour un autre monde,
par Gérard Duménil et Jacques Bidet.
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/BIDET/15216
Débattez de cet article sur notre forum.
http://blog.mondediplo.net/2007-10-01-La-gauche-a-reinventer
* Bibliographie
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/A/15218
GÉOPOLITIQUE
* Les ultras préparent la guerre contre l'Iran,
par Selig S. Harrison (aperçu).
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/HARRISON/15208
* Les Etats-Unis face au traumatisme de la fin de l'Empire,
par Philip S. Golub.
* Autoritarisme, une étude de cas (Ph. S. G.).
* Et la Corée du Nord redevint fréquentable,
par Bruce Cumings.
_______________________________________________________
ÉDITION ÉLECTRONIQUE
A partir du mois d'octobre, « Le Monde diplomatique »
propose à ses lecteurs une édition électronique, sur
abonnement.
Pour en savoir plus :
http://www.monde-diplomatique.fr/abo/electronique
_______________________________________________________
MÉMOIRE DES LUTTES
* Thomas Sankara ou la dignité de l'Afrique,
par Bruno Jaffré.
* La liberté se conquiert,
par Thomas Sankara.
* Le socialisme selon Che Guevara,
par Michael Löwy.
* Derrière le mythe du guérillero héroïque,
par Renaud Lambert.
ÉGYPTE
* La lutte toujours recommencée des paysans,
par Beshir Sakr et Phanjof Tarcir.
* Dinshwaï, 1906,
par Alain Gresh.
* Redistribution des terres (B. S. et P. T.).
* Portrait d'une militante paysanne égyptienne (B. S.
et P. T., inédit).
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/SAKR/15183
ENVIRONNEMENT
* Entre prise de conscience, déni et récupération
par Philippe Bovet et Agnès Sinaï
ÉDITION
* Quand de « petits » éditeurs échappent à l'emprise
des conglomérats, par André Schiffrin.
* Succès-surprise des documentaires contestataires,
par Christian Christensen.
ALIMENTATION
* Se nourrir plutôt qu'être nourri,
par Jacques Diouf.
LITTÉRATURE
« Gouverneurs de la rosée », de Jacques Roumain, par Karine
Alvarez. -- « Frida Kahlo par Frida Kahlo », présenté par
Raquel Tibol, par Ixchel Delaporte. -- Un débat russe
méconnu, par Jean-Marie Chauvier. -- Recettes et limites
d'un succès, par Alain Garrigou.
SUPPLÉMENT :
A Malte, une langue inscrite dans l'histoire, par Martine Vanhowe.
Retrouvez le sommaire complet :
http://www.monde-diplomatique.fr/2007/10/
Rendez-vous
http://www.monde-diplomatique.fr/rendez-vous/
Dans les revues...
http://www.monde-diplomatique.fr/revues/2007/10
Abonnements
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FRANCE
* Sarkozy
par Ignacio Ramonet
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* Retour aux privilèges fiscaux de l'Ancien Régime,
par Liêm Hoang-Ngoc.
* Quelle autre réforme de l'impôt ? (L. H.-N.)
* L'invention des « quartiers sensibles »,
par Sylvie Tissot.
* Des chercheurs au service de l'ordre établi,
par Jean-Pierre Garnier.
* Travail, chômage, le temps du mépris,
par Noëlle Burgi.
* La gauche à reconstruire
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* Un autre marxisme pour un autre monde,
par Gérard Duménil et Jacques Bidet.
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* Les ultras préparent la guerre contre l'Iran,
par Selig S. Harrison (aperçu).
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* Les Etats-Unis face au traumatisme de la fin de l'Empire,
par Philip S. Golub.
* Autoritarisme, une étude de cas (Ph. S. G.).
* Et la Corée du Nord redevint fréquentable,
par Bruce Cumings.
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* Thomas Sankara ou la dignité de l'Afrique,
par Bruno Jaffré.
* La liberté se conquiert,
par Thomas Sankara.
* Le socialisme selon Che Guevara,
par Michael Löwy.
* Derrière le mythe du guérillero héroïque,
par Renaud Lambert.
ÉGYPTE
* La lutte toujours recommencée des paysans,
par Beshir Sakr et Phanjof Tarcir.
* Dinshwaï, 1906,
par Alain Gresh.
* Redistribution des terres (B. S. et P. T.).
* Portrait d'une militante paysanne égyptienne (B. S.
et P. T., inédit).
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ENVIRONNEMENT
* Entre prise de conscience, déni et récupération
par Philippe Bovet et Agnès Sinaï
ÉDITION
* Quand de « petits » éditeurs échappent à l'emprise
des conglomérats, par André Schiffrin.
* Succès-surprise des documentaires contestataires,
par Christian Christensen.
ALIMENTATION
* Se nourrir plutôt qu'être nourri,
par Jacques Diouf.
LITTÉRATURE
« Gouverneurs de la rosée », de Jacques Roumain, par Karine
Alvarez. -- « Frida Kahlo par Frida Kahlo », présenté par
Raquel Tibol, par Ixchel Delaporte. -- Un débat russe
méconnu, par Jean-Marie Chauvier. -- Recettes et limites
d'un succès, par Alain Garrigou.
SUPPLÉMENT :
A Malte, une langue inscrite dans l'histoire, par Martine Vanhowe.
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6 oct. 2007
Durão Barroso maoïste
Des amis m'ont envoyé cette video de José Manuel Durão Barroso en 1975, alors jeune étudiant maoïste!
L'actuel Président de la Commission Européenne a bien changé depuis...
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