Un lieu de résistance à la marchandisation du monde et d'immenses saudades de l'Algarve
23 sept. 2007
Crónicas da nossa heróica emigração
Chego ao Bar-restaurante português onde costumo beber um copo ou jantar desde muitos anos. Peço um whisky a um dos patrões que até é francês. Está a falar em francês com um gajo bêbado, e depois vai para a sala. O homem dirige-se a mim nestes termos:
- Não gosto de gajos com brincos!
- Isso é contigo!
- Tu és feio!
- Tu também!
O gajo bêbado afinal é português e tenta agarrar-me pelo pescoço; eu defendo-me e vou buscar o patrão. Digo-lhe que não pode deixar agredir os clientes pelos bêbados.
O gajo não faz nada, tem medo e mete-se atrás do balcão.
Eu vou-me embora, depois de ter sido novamente agredido.
Sexta à noite depois do programa que faço na radio associativa portuguesa local:
- Álvaro, eu já não vou àquela chungaria, aquilo tornou-se numa pocilga para bêbados vindos das brenhas...
- Bem, aquilo não será sempre igual!
Finalmente, vou até lá.
Passa-se tudo sem azar até beber o café ao balcão depois de jantar. O gajo da outra vez está ali.
Um pequeno dá um muro no balcão e o patrão francês zanga-se ligeiramente.
Eu digo: " Epa! é preciso respeitar o patrão e os clientes!
O homem estava bêbado, eu conheço-o.
Mas é o gajo da outra vez que começa a fazer barulho, dá-me um pontapé nas partes e fico lixado. Dois familiares do mesmo senhor, acompanhados por um amigo, ameaçam-me de morte dizendo que ofendi a família deles e vão-se embora prometendo tratar da minha saúde ulteriormente.
É esta, a gente do meu país que eu encontro aqui em França!
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